Botelho diz nunca ter sido barrado em bairros e alega não saber quem é faccionado

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), afirmou que cabe à Polícia a investigação de políticos que estariam envolvidos com facções criminosas. A declaração, dada à imprensa nesta quarta-feira (13), que incrementa ainda mais a história iniciada por Abilio após denunciar que facções estariam agindo nos bastidores da Câmara de Cuiabá, veio em cima de um questionamento sobre o porquê de a Assembleia não ter levado para frente uma denúncia do deputado estadual Wilson Santos (PSD) sobre deputados que teriam envolvimento com o Comando Vermelho e que teria feito a Casa de Leis pioneira na investigação.

Em sua declaração, Botelho ainda afirmou que, segundo dito pelo governador, a Polícia está investigando a suposta influência das facções criminosas na Política cuiabana e mato-grossense.

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“Eu acho que quem tem que investigar isso é a polícia. E segundo o governador me falou ontem, a polícia tá investigando. Inclusive ele pediu pro Abilio para apresentar, ele que fez a denúncia, quem denuncia tem que apresentar as provas.”, declarou Botelho.

O deputado ainda disse que é impossível para um político em campanha saber quem é quem na hora que está passando pelos bairros.

“O político, o cara tá em uma campanha, ele anda em um bairro, todo mundo andando com ele, tirando foto. Aí você passa ali e a pessoa não olha, opa, não vou tirar foto porque você é de facção. Qual político que está aqui no dia a dia que sabe disso? Quem é, quem que pertence? Eu não sei, a imprensa deve saber mais do que nós.”, declarou.

Ainda em entrevista, Botelho salientou que Abilio, denunciante da possível influência do Comando Vermelho na Câmara Municipal de Cuiabá, deve ter provas mais substanciais para sustentar a denúncia.

Por fim, o presidente da Assembleia afirmou que nunca foi barrado em nenhum bairro de Cuiabá durante suas campanhas. Recentemente, esse foi outro tópico abordado por Abilio, que denunciou que em alguns bairros, determinados políticos não conseguiram entrar para fazer campanhas por conta do crime organizado.

“Nunca teve isso, nunca teve essa denúncia de que nós não pudéssemos entrar em um algum bairro, ou que tinha alguém nosso que não estava podendo entrar em algum bairro, eu não recebi, como candidato, não teve essa denúncia”, declarou o presidente.

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Estadão MT