Juíza nega prisão domiciliar para Carlos Bezerra: “ele próprio negligencia sua saúde”
O feminicida Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 59 anos, teve pedido de prisão domiciliar, para tratamento pós-cirurgia de catarata, negado pela juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá. A cirurgia foi realizada na manhã desta terça-feira (19) e o réu ficará, durante cinco dias, sob supervisão na Diretoria de Saúde da Polícia Militar, no ambulatório central, sob escolta da Polícia Penal.
Na decisão, a magistrada explica que determinou a permanência de Carlos na Diretoria de Saúde da Polícia Militar para sua boa recuperação, pois o réu não cuida da própria saúde. No texto, a magistrada explica que Carlos se recusa a tomar as vacinas prescritas e não usa a insulina para tratar seu quadro de diabetes.
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“Conforme prontuário de atendimentos médicos constante nos autos, (Carlos) se recusa a tomar vacinas e se nega a usar insulina prescrita para o quadro de diabete. Visando a sua boa recuperação e evitar futura alegação de descaso estatal, autorizo a permanência do requerente, mediante escolta policial penal, durante o período de cinco dias após a realização da cirurgia oftalmológica ou até a troca do primeiro curativo, internado na Diretoria de Saúde/Ambulatório”, aponta a juíza.
A magistrada também cita que Carlos, no período em que ficou em prisão domiciliar, não realizou os exames necessários e determinados pela Justiça para que o regime fosse mantido.
“Bem como, de que ele próprio negligencia sua saúde, já que durante quase o tempo todo em que ficou em prisão domiciliar não realizou os exames e procedimentos necessários à melhora do seu quadro clínico…”, diz trecho.
CRIME CHOCANTE
Na tarde do dia 18 de janeiro de 2023, Carlos executou sua ex-companheira, Thays Machado, de 44 anos, e o então atual namorado dela, William César Moreno, de 30, na porta do edifício de luxo Solar Monet, em Cuiabá.
Carlos tentou fugir, mas foi preso em flagrante horas depois, em uma das propriedades da família.
Em 13 de novembro de 2023, o feminicida conseguiu autorização para tratamento de saúde em casa, sendo determinado, na oportunidade, a apresentação de relatório médico circunstanciado no prazo de 90 dias. Porém, o benefício foi suspenso depois de comprovadas várias saídas não autorizadas pela Justiça, inclusive para compras em supermercados e para pular carnaval.