Marçal aparece como filiado ao PT; PRTB fala em ataque hacker

O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, apareceu como filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) no sistema de filiação partidária do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 

Presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche disse que a sigla está tomando providências para apurar o que chamou de “fraude eleitoral”. “[O caso] ainda está em investigação, mas tudo leva a crer que foi ataque hacker”, disse Avalanche ao UOL.

 

O ex-coach Pablo Marçal disse que a filiação se trata de uma forma de manipulação. “Certamente é uma manipulação orquestrada para me tirar da pesquisa dessa semana. Estão desesperados com meu crescimento e querem eliminar a concorrência para 2026.

 

Dados de Marçal foram inseridos em plataforma aberta de filiações ao PT em fevereiro de 2024, informou a sigla por meio de nota. “O registro, certamente indevido, foi cancelado assim que o partido foi alertado pela imprensa de sua existência, no final da tarde de ontem”, disse a assessoria de imprensa de Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda.

 

O registro da filiação de Marçal foi cancelado em sistema interno do PT. O UOL apurou que há diversas etapas a serem seguidas no processo de filiação. O interessado em se filiar responde perguntas até oficializar o registro — que, nesse caso, foi excluído. O processo é diferente da exclusão partidária.

 

Críticas ao PT e à esquerda

 

Durante as eleições, a ascensão do ex-coach nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo preocupou o presidente Lula e o PT. O crescimento de Marçal chegou a acender um alerta no Planalto e no partido. Mais do que um opositor à direita, o influenciador se concentrou em setores com quem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha dificuldade dialogar, como o eleitorado mais jovem.

 

Marçal dizia na campanha que era o único candidato de direita na eleição de São Paulo. “Todos os candidatos são de esquerda, exceto eu. Um deles é de extrema-esquerda, e o marqueteiro está fazendo parecer que é de centro, que é o Guilherme [Boulos]”, disse. “O Datena é de centro-esquerda pelo partido. O atual prefeito é de centro-esquerda, e a Tabata é de esquerda”, afirmava.

 

O empresário fez diversas críticas ao adversário Guilherme Boulos (PSOL) e a sua vice, Marta Suplicy (PT). O ex-coach dizia que Boulos era “extremista” e mudou de posicionamentos para a eleição, além de “destruir” o Hino Nacional fazendo uso da linguagem neutra. Sobre o atual prefeito, afirmou que o secretariado dele é “esquerdista e pró-aborto”.

 



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