Policia: apê custou R$ 1 milhão e era usado em viagens de lazer

O apartamento adquirido por membros de uma facção criminosa de Cuiabá em Itapema (SC) está avaliado em mais de 1 milhão e era usado por integrantes da organização para passar férias no litoral Sul do País. 

Esse imóvel é um imóvel de temporada, ocupado por vários integrantes da organização criminosa quando estão a lazer, de férias, quando vão a passeio na cidade de Itapema

 

O imóvel foi apreendido na manhã desta quarta-feira (27) durante a operação Fair Play, em desdobramento à Operação Apito Final, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em abril deste ano. 

 

A operação Apito Final investigou o tesoureiro de uma facção criminosa, que também é o principal investigado na Fair Play, Paulo Witer Faria Paelo, mais conhecido como WT. 

 

“A gerência identificou a aquisição de um apartamento por um dos tesoureiros da facção, Paulo Witer, na cidade de Itapema, Santa Catarina”, explicou o delegado Rafael Scatolon, que está à frente do caso. 

 

Segundo o delegado, foi identificado também o “laranja” em nome de quem o apartamento estava registrado, assim como outros envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro para a facção. 

 

“Nós temos oito investigados que foram expedidos mandados de prisão preventiva. Todos esses investigados têm participação na aquisição deste imóvel, cada qual com a sua atribuição”, disse. 

 

O imóvel foi adquirido entre outubro de 2023 e maio de 2024. Segundo o delegado, o apartamento foi comprado à vista e em alguns “balões” – parcelas. 

 

Sete dos alvos foram presos em Cuiabá e um segue foragido desde a deflagração da operação Apito Final. 

 

Em Itapema foi dado cumprimento apenas no mandado de busca e apreensão do imóvel objeto de sequestro. 

Angélica Callejas/MidiaNews

Carros apreendidos

Carros apreendidos pela Polícia: Nissan Kicks, Volkswagen Nivus e Jeep Renegade

 

Segundo Scatolon, o imóvel era usado para o lazer de membros da facção: “Esse imóvel é um imóvel de temporada, ocupado por vários integrantes da organização criminosa quando estão a lazer, de férias, quando vão a passeio na cidade de Itapema”, explicou. 

 

Além da apreensão do imóvel, três carros – Nissan Kicks, Volkswagen Nivus e Jeep Renegade – foram apreendidos.

 

Mesmo após a deflagração da operação Apito Final, o esquema de lavagem de dinheiro continuou em pleno funcionamento. “Na mesma modalidade criminosa, através de várias fontes de arrecadação desse dinheiro de origem ilícita, sendo a principal delas o tráfico ilícito de drogas”. 

 

A operação

 

Ao todo foram expedidos 19 mandados judiciais, entre prisões, buscas e apreensões.

 

A investigação contou com a cooperação da Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Itapema, que identificou a localização do imóvel adquirido pelos criminosos.

 

Os mandados, decretados pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, são cumpridos na Capital mato-grossense e também na cidade de Itapema.

 

A decisão judicial inclui o sequestro de quatro veículos e de um apartamento localizado no litoral catarinense, bloqueios de contas bancárias e a suspensão de atividade econômica de duas empresas abertas em nome dos investigados.

 

“As investigações da GCCO têm por objetivo, a partir de 2023 e 2024, asfixia financeira das organizações criminosas, especialmente da maior facção criminosa que age aqui no nosso estado”, disse o delegado titular da GCCO Gustavo Belão. 

 

“É o único meio capaz de frear a atividade criminosa dessas organizações, dessas facções, atingindo o cerne financeiro desses grupos que agem aqui no estado”, completou. 

 

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