Polícia busca novas pistas para encontrar paradeiro de gaúcho

A Polícia Civil de Cuiabá realizou três dias de buscas em locais diferentes pelo aposentado Alziro Gonçalves Neto, de 78 anos. Agora, procuram novas informações que possam auxiliar na investigação do caso. 

Nada foi localizado até a presente data. Ainda segue em aberto o desaparecimento da vítima

 

A informação foi confirmada pelo investigador Rafael Mello, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. 

 

“Foram realizadas três buscas em três dias diferentes e em áreas distintas, com auxílio do Corpo de Bombeiros e cães farejadores. Nada foi localizado até a presente data. Ainda segue em aberto o desaparecimento da vítima”, disse ele ao MidiaNews

 

O idoso está desaparecido desde o dia 11 de setembro, quando saiu de casa, no Bairro Tijucal, para buscar atendimento médico após machucar o braço em uma queda.

 

Segundo o investigador, o desaparecimento demorou a ser notificado e, até o momento, a principal linha de investigação segue sendo a de que o idoso pegou um ônibus errado e se perdeu. 

 

“O desaparecimento foi comunicado somente 12 dias após. A vítima tinha, além da idade avançada, histórico de diabetes, problemas cardíacos e alcoolismo”, disse. 

 

“Foi constatado que ele pegou uma linha de ônibus que não é a de costume. A câmera do ônibus não estava gravando e o cartão não acusa onde ele subiu ou desceu. Essa é a nossa principal tese”. 

 

Conforme o investigador, segue não havendo indícios de crime. Uma das possibilidades é de que o idoso tenha entrado na mata para se proteger do sol ou para cortar caminho até sua casa.

 

Caso tenha passado mal, seu corpo pode ter sido levado pela correnteza durante a chuva. 

 

“Estamos em busca de novas informações que possam nos auxiliar, testemunhas, etc. Não houve movimentação bancária nem habilitação de um novo chip no celular da vítima, ou sinal. Também não foi comprado passagem de ônibus”, afirmou.

 

Apelo da Família 

 

A família pede que o caso seja solucionado. “É bem difícil não saber. Nosso apelo é para que as buscas não parem. Precisamos ter uma resposta”, disse a jornalista Silvana Tomazzoni Gonçalves, de 51 anos, filha de Alziro. 

 

“Está bem difícil. Acho que é uma das piores sensações que uma pessoa pode viver: não ter notícias de um familiar, não saber o que está acontecendo. É muito ruim”.

 

Desde 2001

 

Alziro deixou a família no Rio Grande do Sul e se mudou para Cuiabá em 2001. Na época, ele morou no Tijucal, bairro onde sua irmã, hoje falecida, vivia.

 

Ele se estabeleceu no bairro e foi proprietário de um bar até 2010. Com a saúde debilitada, voltou ao Rio Grande do Sul, onde morou até 2019.

 

Depois de muitas idas e vindas, Alziro decidiu voltar para Mato Grosso.

 

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