VÍDEO: Mauro diz que não vai deixar que penitenciárias vire “home office” de bandidos

Após diversos celulares serem encontrados em penitenciárias de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que vai trabalhar para que as cadeias não se tornem “home office” de bandidos. Isso porque, nos últimos meses, diversos crimes partiram de dentro das penitenciarias através de celulares. Um dos crimes que foi a “gota d’água” para intensificar os serviços foi a morte das irmãs Rithiele e Rayane Porto ordenada por um faccionado dentro da Penitenciaria Central do Estado (PCE). Ele falou com a imprensa na última segunda-feira, 25, no Palácio Paiaguás.

“[…] tendo um secretário exclusivo, uma pasta exclusiva, poder cobrar muito desses profissionais dando a eles as condições como nós já temos hoje para que os presos que lá estiverem cumpram pena e não transformem os nossos presídios em home office como é a maioria dos presídios brasileiros”, afirmou.

– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

Isto porque diversos celulares estão sendo apreendido nas penitenciárias e os últimos episódios mostraram que os espaços estão sendo usados como “home office” do crime.

O governador anunciou nesta segunda o secretário Vitor Hugo Bruzulato para a pasta Secretaria de Justiça (Sejus), exclusivamente para tratar sobre gestão do Sistema Penitenciário e Socioeducativo, além de também comandar a política estadual de drogas em Mato Grosso.

“O governo de Mato Grosso tem hoje um dos melhores sistemas prisionais do país, reconhecido por diversas autoridades federais. Entretanto, há uma ineficiência na gestão. Nós temos lá, nos últimos meses, eu determinei que foram feitas batidas lá, semanalmente, em busca de celulares que entraram indevidamente, encontramos 50, 60, 70 celulares. Isso é claro que foi por erro, falhas operacionais na condução do presídio”, explicou.

Relembrando o caso

As irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, foram brutalmente torturadas e mortas a facadas na madrugada do dia 14 de setembro, em uma residência na Rua Marechal Cândido, região central de Porto Esperidião (327 km de Cuiabá). O crime chocante ocorreu após as vítimas serem sequestradas na saída do Festival de Pesca da cidade.

Conforme investigação inicial, o crime foi cometido em razão das irmãs terem, dias antes, tirado foto fazendo gesto que supostamente fazia menção a uma facção rival dos autores do crime.

Poucas horas após os homicídios, 10 pessoas foram presas por envolvimento com os assassinatos das irmãs. As prisões e apreensões ocorreram nas cidades de Cáceres e Porto Esperidião.

Rayane Alves era candidata a vereadora pelo município.



Estadão MT