Botelho rechaça nova intervenção e sugere punição a Emanuel
Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União) disse ser contra uma nova intervenção estadual na Saúde de Cuiabá.
A possibilidade voltou a ser aventada pelo Ministério Público do Estado (MPE), que apontou falhas e inconsistência em relação à prestação dos serviços de Saúde em Cuiabá.
Para Botelho, uma nova intervenção poderia retirar a responsabilidade da Prefeitura de Cuiabá sob o comando de Emanuel Pinheiro (MDB).
“Intervenção não dá mais. […] O problema é a gestão da Prefeitura. E a Prefeitura tem que ser penalizada por isso, mas que tem que aguardar a próxima gestão para arrumar essa situação”, afirmou.
Botelho revelou que na manhã desta segunda-feira (9) se reuniu com o governador Mauro Mendes (União), que teria dito a ele também ser contra reassumir o comando da Saúde da Capital.
Segundo o deputado, os repasses estaduais estão em dia. Ele voltou a criticar a gestão Emanuel Pinheiro.
“Faltam 20 e poucos dias e não faz sentido [uma nova intervenção]. Se voltar, vai só gerar mais confusão e depois distribuir responsabilidade. Quem tem que ser responsabilizado é quem está lá, quem vai terminar [o mandato]”, disse o deputado.
Nesta tarde acontece uma reunião com representantes da Assembleia Legislativa, o secretário de Saúde do Estado Gilberto Figueiredo, o secretário de Saúde de Cuiabá Deiver Teixeira.
Entenda
O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou no último dia 5 de dezembro que o TCE promova “com a maior brevidade possível” a análise das inconsistências apontadas pelo Governo do Estado.
No ofício encaminhado ao MPE ao Judiciário, o governador e o secretário Gilberto Figueiredo afirmam que têm enfrentado diversos problemas desde que o Estado assumiu a estadualização da regulação de urgência e emergência do município de Cuiabá, em junho de 2023.
A crise, segundo eles, tem acarretado a superlotação e aumento na taxa de permanência dos pacientes no âmbito das UPAS e Policlínicas, aumentando o risco de infecções e óbito dos pacientes nessas unidades.
A Saúde de Cuiabá passou por intervenção entre março a dezembro do ano passado.
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