Mauro cobra explicações do TCE sobre aprovação de contas de Emanuel
O governador Mauro Mendes (União) contestou veementemente os principais argumentos utilizados pelos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) para aprovar as contas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 9 de dezembro, Mauro afirmou que o Município de Cuiabá recebe recursos do Estado e da União para prestar atendimento a pacientes do interior e, por isso, não haveria sentido em alegar que esse tipo de atendimento é a razão para o caos na Saúde da capital.
Visivelmente irritado com o assunto, Mauro ainda afirmou que quem faz esse discurso “não entende nada de Saúde”.
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“Eu fui prefeito de Cuiabá, então se alguém quer discutir esse tema comigo, tem que se preparar, porque Cuiabá recebe por isso. Se você recebe para ser jornalista, você tem que fazer o trabalho de jornalista. Se você recebe para ser governador, tem que fazer o trabalho de governador e não reclamar. Cuiabá recebe dinheiro do Estado e da União para atender o interior. Agora, quer atender e não quer prestar o serviço? É isso? Me explica essa lógica”, questionou.
“Cuiabá é gestão plena. Quem tá fazendo esse discurso não entende nada de Saúde. Nada! Não entende nada de Saúde, gente”, vociferou.
Ao analisar um recurso apresentado pela Prefeitura de Cuiabá, em julgamento realizado na última terça-feira, 3, o conselheiro Guilherme Maluf afirmou que há uma defasagem histórica da Programação Pactuada e Integrada (PPI), que impacta negativamente os municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Ao todo, cinco conselheiros confirmaram esse entendimento, indicando impacto de até R$ 5 milhões mensais nos cofres da Prefeitura de Cuiabá.
“São mais de dez anos de atraso nessa PPI. Enquanto o Estado não atualiza esses valores, a capital e Várzea Grande, que recebem a maior demanda de pacientes, acabam sobrecarregadas”, pontuou Maluf.
No entanto, o governador Mauro Mendes contesta essa afirmação, enfatizando que a Prefeitura é paga para prestar serviços aos pacientes do interior. Segundo ele, essa seria uma “conversa sem pé, nem cabeça”.
“Senhores, eles é quem têm que explicar isso. O caos na Saúde está configurado. E Cuiabá recebe dinheiro do Estado e da União para prestar serviço como gestão plena para o interior. Então, não pode… se você recebe um dinheiro para prestar um serviço, você tá reclamando porque tá prestando o serviço? Então corta o financiamento do Estado, corta o financiamento da União e, aí sim, vai poder dizer que está prestando serviço sem receber. Se não, é uma conversa sem pé, nem cabeça”, disparou.