“Serial killer” que matou jovem gay “em nome de Deus” é condenado a 20 anos de prisão

O Tribunal do Júri da Comarca da Capital, presidido pela juíza Monica Catarina Perri, condenou um homem que se identificava como serial killer a 20 anos de prisão, em regime inicial fechado, pela morte de uma pessoa no Parque Cuiabá, em 2022. A decisão é de segunda-feira (09 de dezembro) e condena o réu por homicídio qualificado por motivo torpe, por meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima.

A vítima, que era homossexual, ofereceu carona ao réu e foi morta com mais de 30 golpes de faca logo em seguida. No interrogatório policial, o réu teria afirmado que decidiu cometer o crime porque via a vítima como um demônio e a matou em nome de Jesus.

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O crime teve grande repercussão na época, devido à violência com que a vítima foi assassinada. O corpo foi encontrado no chão, com os braços abertos, como se estivesse sendo crucificado. Na parede do local, foram encontradas três cruzes desenhadas com o sangue da vítima.

Na denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MP-MT), foi destacado que o réu havia praticado outro homicídio qualificado, com o mesmo modus operandi, no município de Itaporanga, na Paraíba, utilizando a mesma “espetacularização de violência”.

“Vale ressaltar que o denunciado se identificava pelo apelido de ‘Maycon’, em alusão ao personagem Michael Myers, da série de filmes de terror Halloween”, destacou o MPE.

Ao apreender o aparelho celular do réu, a polícia identificou que, no status do WhatsApp, ele se apresentava como serial killer. Ele foi preso preventivamente dias depois do crime e aguardou o julgamento no presídio.



Estadão MT