Abilio: Há um déficit de quase 4 mil crianças fora de sala de aula
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que existe um déficit de 4 mil crianças que estão fora da sala de aula por não terem conseguido vagas no Município.
A gente tem que fazer um trabalho para sanar essa diferença, melhorar o acesso. Vamos buscar uma parceria
Nesta terça-feira (21), a secretária Municipal de Educação, Solange Dias, já havia admitido que o Município não tem estrutura para atender a demanda de crianças de buscam vagas e, por isso, as filas de espera continuavam. A informação foi confirmada por Abilio.
“Há um déficit de aproximadamente 4 mil crianças fora de sala de aulas na rede pública que acabam tendo que buscar outros caminhos para continuar a ter educação”, disse o prefeito em conversa com a imprensa.
“A gente tem que fazer um trabalho para sanar essa diferença, melhorar o acesso. Vamos buscar uma parceria durante o ano para construir isso com a iniciativa privada”, acrescentou.
Para 2025, a Prefeitura de Cuiabá disponibilizou 4.674 vagas em creche, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI), Centros Educacionais Infantis Cuiabano (CEIC) e Centro Emergencial de Educação Infantil – Portal da Fé, conforme as vagas disponíveis. O que não foi suficiente para suprir a demanda.
Abilio afirmou que, para acabar com este problema, quer fazer com que esses espaços de ensino privado firmem uma parceria com o Município para acolher essas crianças que ficaram sem vaga na rede pública.
“Uma escola privada de educação infantil, às vezes, paga R$ 60 mil de imposto de ISS. A gente pode oferecer pelo menos 50% de desconto desse imposto em troca de oferta de vagas na rede privada”, disse.
“Assim, a gente vai ter a maioria das iniciativas privadas que pagam imposto de prestação de serviço ofertando vagas para a iniciativa do poder público através da abatimento de imposto”, explicou.
Empecilho
No entanto, o prefeito disse que a alternativa deve entrar em vigor apenas no próximo ano, pois ainda é preciso elaborar um projeto de lei, que deverá ser votado na Câmara Municipal.
“Como a gente está no momento de calamidade financeira, não podemos apresentar projeto que envolva a renúncia da receita dessas unidades escolares. Então, a gente vai ter que aguardar passar essa situação para ofertar. Provavelmente, a partir do ano que vem a gente já deve ter isso em prática”, completou.
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