Abilio questiona fiscal de obra e manda anular inauguração; veja

O prefeito Abilio Brunini (PL) fez nesta quinta-feira (2) uma fiscalização no Mercado Antônio Moysés Nadaf, a Feira do Porto, e mandou anular a inauguração feita pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ao constatar que a obra estava inacabada.

 

Essa obra não está completa, então não será inaugurada, anula o ato de inauguração. O secretário pedirá para retirar a placa

A segunda etapa da reforma foi inaugurada na última terça-feira, 31 de dezembro, como um dos últimos atos de Emanuel à frente da Prefeitura.

 

Na tarde de hoje, ao lado do novo secretário de Obras, Reginaldo Teixeira, Abilio abordou um fiscal que estava no local e o questionou se a obra estava realmente concluída. O funcionário negou e afirmou que ainda “tem muita coisa para ser concluída”.

 

“Existe uma lei municipal que proíbe e inauguração de obras inacabadas. Todo e qualquer ato de inauguração de qualquer obra em Cuiabá que foi feito de forma inacabada anula a inauguração”, afirmou Abilio à imprensa.

 

“Não existe inauguração por fase, a obra ou é inaugurada completa ou não é inaugurada. Essa obra não está completa, então não será inaugurada, anula o ato de inauguração. O secretário pedirá para retirar a placa”, acrescentou.

 

O prefeito ainda citou que, ao ter acesso aos documentos da obra, identificou que a prefeitura precisou fazer uma devolução de R$ 2 milhões de recursos enviados pelo Governo Federal para custear parte da obra.

 

“Ele [Emanuel] teve que devolver para o ministério R$ 2 milhões dessa obra, que a prefeitura não conseguiu executar. […] Houve um processo de devolução, porque eles contrataram uma empresa, que não executou a parte do processo. Aí, eles não trocaram de empresa”, explicou.

 

Foi omisso em todo processo, fez discursos políticos quando falávamos que a obra estava inacabada

Falhas na reforma

 

Ainda durante fiscalização, Abilio afirmou que Associação do Mercado do Porto, presidida por Jorge Antônio Lemes Júnior, já não terá mais poder administrativo sobre a feira.

 

Ele também anunciou a exoneração da coordenadora do mercado, Rosilma Benedita Tibaldi Ferreira, que, segundo ele, foi omissa às falhas da obra executada pela prefeitura assim como a associação.

 

“Nós vamos buscar os métodos jurídicos. A associação não tem mais poder administrativo sobre a Feira do Porto. A pessoa que era coordenadora está exonerada, vamos nomear amanhã um novo coordenador para o local”, disse.

 

“Foi omisso em todo processo, fez discursos políticos quando falávamos que a obra estava inacabada, tem uma série de procedimentos que não foram seguidos e quem administra o Mercado do Porto não é uma associação, é a Prefeitura”, acrescentou.

 

“Na minha visão, a associação deixou de cobrar que fosse executada as coisas conforme deveria ser cobrado. A associação deixou de fazer aquilo que, para os interesses dos feirantes, era necessário”, completou.

 

Abilio afirmou que agora vai retomar as obras no Mercado do Porto para consertar os erros, como falta de escoamento para água, falhas na rede elétrica, dentre outros. No entanto, não deu prazo para conclusão da nova reforma.

 

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