Botelho diz que pedido de reajuste é “legítimo” e defende debate

O deputado Eduardo Botelho (União) afirmou ser “legítima” a reinvindicação dos servidores públicos pelo reajuste das perdas salariais acumuladas.

 

Eles estão questionando valores de anos anteriores. É legítimo? É legítimo sim

Os servidores querem um reajuste de 20% das RGAs (Revisão Geral Anual) que não foram pagas nos últimos anos.

 

A perda ocorreu, pois, na época, a folha de pagamento havia extrapolado o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Um decreto de calamidade durante a pandemia também proibiu reajustes salariais.

 

“Eles estão questionando valores de anos anteriores. É legítimo? É legítimo sim. E também é legítimo o deputado fazer a proposta”, disse.

 

Na quarta-feira (22), os deputados se reuniram com sindicalistas e fecharam um acordo que prevê a apresentação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

 

A proposta deve instituir a data-base do índice a ser utilizado para reajuste anual e do percentual de incremento de receita como base para perdas acumuladas em anos anteriores.

 

“Criou-se essa possibilidade e eles entraram com uma PEC, a deputada Janaína e o deputado Lúdio, e nós demos andamento nessa proposta para reconhecer esses anos em que eles ficaram com esse valor do RGA. Isso sim é bem possível e vamos ver se eles vão propor dentro do que foi sugerido”, disse.

 

“[…] A única coisa que nós podemos fazer é abrir a Assembleia para o debate, para o diálogo, como nós estamos fazendo”.

 

Alerta do governo

 

Botelho foi questionado sobre a declaração feita pelo chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), que demonstrou preocupação com os gastos do governo.

 

Fábio disse que o Estado acendeu a “luz amarela” após as reinvindicações dos servidores. No entanto, Botelho disse acreditar que é necessário que o Governo reconheça o apelo da classe.

 

“Essa discussão, se está no nível que o secretário está falando, ele quem tem oportunidade para dizer. E também nós estamos falando em reconhecer, não estamos falando em pagar de imediato”, afirmou.

 

“Reconhecer isso significa depois parcelar, transformar isso em cinco anos, dez anos… Essa é outra discussão, mas a primeira é a questão do reconhecimento desse passivo que tem com os servidores”.

 

Veja vídeos:

 

 

 

Leia mais:

 

Servidores aceitam 4,83% e pedem discussão sobre 20% de reajuste

 

Governo de MT diz que acendeu “luz amarela” sobre gastos

 

 



Mídia News