Deputados peitam governador e aumentam duodécimo da AL em R$ 114 milhões
Os deputados estaduais peitaram o governador Mauro Mendes (União) e derrubaram, por 18 votos a 4, o veto ao aumento do orçamento da Assembleia Legislativa em R$ 114 milhões. O texto original, de autoria do Governo, previa um duodécimo de R$ 878 milhões, mas os deputados mudaram o texto. Nem mesmo a visita do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, foi suficiente para impedir a derrubada do veto.
“O orçamento da Assembleia trouxe um incremento de R$ 114 milhões e a gente fez um acordo com todos os poderes de um percentual igual para todos. O da AL traz um percentural maior, e por isso vim pedir aos deputados a manutenção do veto, para que todos os poderes tenham um orçamento isonômico e para que possamos preservar a capacidade de investimento do Estado, que tem muitas obras em andamentos e equipar 5 hospitais, convênios com prefeituras, estradas e a gente tem uma preocupação em preservar a capacidade de investimentos”, justificou ele.
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A previsão de orçamento público na LOA de 2025 é de R$ 36,6 bilhões. Sendo R$ 2,8 bilhões para o Poder Judiciário, R$ 881,8 milhões para a ALMT, R$ 826,3 milhões para o Ministério Público de Mato Grosso, R$ 668 milhões para o Tribunal de Contas do Estado e R$ 329,4 milhões para a Defensoria Pública.
Quanto à estimativa de arrecadação em 2025, Fábio alega que é “aquilo que está na Lei de Diretrizes Orçamentária (LOA): “A estimativa que temos é aquilo que está LOA, mas o que vai se realizar ao longo do ano vamos ver. Mato Grosso é um estado que tem como mola propulsora de sua economia o agronegócio e existe uma perspectiva de uma boa safra. Porém, com muita chuva e dificuldade de fazer colheita e plantio da safrinha no tempo certo, ainda não conseguimos medir as consequências disso para a soja, pois pode afetar a qualidade e o peso do grão e pode impactar muito na safra que vai ser colhida. E é um estado que ter certos riscos, é uma incerteza até que a safra seja consolidada”, destacou ele, alegando não ter “queda de braço com os parlamentares”.
O líder do Governo, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (UB), alegou que dificilmente a Casa não derrubaria este veto, porque houve um entendimento entre os seus colegas. E a Casa necessitará de obras de ampliação da AL e reajuste de salários de alguns servidores impactará nos gastos da AL. Dilmar lembra que o TCE, por exemplo teve um aumento em seu duodécimo superior ao do parlamento.
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