Emanuel deixa só R$ 6,8 mi e folha salarial atrasada de R$ 78 mi

O novo prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) afirmou nesta quinta-feira (2) que recebeu a administração municipal com um saldo de apenas R$ 6,8 milhões em caixa.

 

O valor representa só 8,7% da folha salarial referente ao mês de dezembro que seu antecessor, Emanuel Pinheiro (MDB), não quitou, no total de R$ 78 milhões. Além disso, conforme Abílio há fornecedores que não recebem desde outubro. 

 

“A conta da Prefeitura nós recebemos com R$ 6,8 milhões disponíveis no caixa. É só isso que tem, de todas as contas. A folha custa R$ 78 milhões. Entenda bem: a Prefeitura que me foi repassada repassou R$ 6,8 milhões com uma folha de R$ 78 milhões completa para ser paga”, afirmou o prefeito em entrevista ao MTTV1.

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Emanuel Pinheiro

O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheior

Diante desse cenário, Abílio determinou o corte imediato de despesas em todas as secretarias para otimizar os recursos e priorizar o pagamento dos salários atrasados.

 

“Nós vamos atrás de todos os recursos necessários para a gente pagar o mais rápido possível a folha de dezembro e vamos buscar alternativas para ter condições de pagar fornecedores”, declarou o prefeito.

 

Os servidores da Prefeitura tiveram um final de ano de decepção, com o não-pagamento da folha salarial referente ao mês de dezembro. 

 

Eles esperaram receber seus vencimentos até o dia 31, mas foram surpreendidos com a informação de que o salário não seria quitado. 

 

Veja trecho da entrevista: 

 

 

Sefaz rebate Emanuel

 

Emanuel Pinheiro emitiu uma nota no dia 31 de dezembro afirmando que deixaria R$ 43 milhões no caixa da Prefeitura. 

 

Ele também negou a existência de salários atrasados, argumentando que, constitucionalmente, os pagamentos podem ser efetuados até o quinto dia útil do mês subsequente.

 

O ex-prefeito ainda atribuiu o atraso no pagamento ao Governo do Estado, alegando que repasses de ICMS, na ordem de R$ 13 milhões, não foram realizados a tempo.

 

No entanto, o secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, contestou essa justificativa, esclarecendo que os repasses seguem um cronograma legal e que Emanuel já sabia que o valor seria transferido no dia 2 de janeiro, conforme previsto na legislação.

 

“A Sefaz não aceita ser usada como desculpa pela inepta gestão de Cuiabá que, felizmente, se encerrou, e reafirma seu compromisso com a transparência e o cumprimento rigoroso dos repasses financeiros”, afirmou Gallo em nota.

 

 



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