Fazemos tudo o que pudemos; o problema é essa maldita lei

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que os criminosos perderam o medo da polícia porque a legislação penal é “burra” e “antiquada”.

 

As facções criminosas não existiam na época e estamos com um código [penal] de 1940 com remendos. É uma lei burra, antiquada

Ele disse estar preocupado com a Segurança Pública brasileira por considerar que, apesar das medidas de segurança implementadas, o combate à criminalidade é dificultado pela frouxidão das leis.

 

Outro ponto criticado foi a falta de atualização do Código Penal que, segundo ele, foi criado antes das organizações criminosas surgirem.

 

“As facções criminosas não existiam na época e estamos com um Código Penal de 1940 cheia de remendos. É uma lei burra, antiquada”, afirmou em entrevista à rádio CBN Cuiabá.

 

“No ano passado, prendemos 17 toneladas de drogas, estamos batendo recorde de prender pessoas e, às vezes em poucas horas, elas estão soltas. O bandido perdeu o medo do Estado, da polícia”, afirmou.

 

“Estou muito preocupado, o governo tem feito muitas ações. Tudo que poderíamos fazer, estamos fazendo: comprarmos armamento, investimos em tecnologia, chamamos mais de mil policiais… O problema é essa maldita lei brasileira”, acrescentou.

 

“Home office do crime”

 

Além disso, o governador avaliou que os criminosos “queriam transformar a cadeia em home office do crime”, porque comandavam crimes mesmo presos.

 

“Eles queriam transformar a cadeia em home office do crime. Criamos a Secretaria de Justiça para ter mais foco no sistema prisional para, quando um criminoso for preso, ele vá para cumprir pena, não para fazer de dentro do presídio crimes como vinha acontecendo”, contou.

 

“Tenho falado muito isso, o Congresso Nacional precisa fazer a sua parte. Revisitar leis, fazer leis mais duras, inteligentes para o bandido voltar a ter medo da polícia e de ser preso. É isso que está acontecendo: prende, solta. Estamos investindo em presídios, aumentando a quantidade para prendermos, mas, depois que prendemos, não é mais com o governador. É com a Justiça”, completou.



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