O triste legado de incompetência de um dos piores prefeitos de Cuiabá
Na última sexta-feira (27), a caixa d´água da Escola Municipal Professora Lidiolíria Santana, que acabou de ser construída pela Prefeitura de Cuiabá, desabou e adiou sua inauguração, no bairro Residencial Nico Baracat.
São apenas alguns exemplos recentes da incompetência, descaso e desmandos em que se transformou a gestão populista de Emanuel
Um dia antes, o Corpo de Bombeiros interditou a obra do Mercado do Porto, alardeada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) como um dos marcos de sua gestão, por inconformidades que comprometem a segurança dos comerciantes e frequentadores do local.
Entre as irregularidades, estão instalações elétricas precárias, em desacordo com as normas, e o não aterramento adequado das estruturas metálicas, o que pode ocasionar choques elétricos e outros tipos de acidentes à população.
Nesta segunda-feira (30), dezenas de servidores da Saúde protestaram em frente ao Palácio Alencastro pela falta de pagamento do 13º salário. “Emanuel, caloteiro, cadê o meu dinheiro”, gritavam em coro, munidos de cartazes e faixas.
São apenas alguns exemplos recentes da incompetência, descaso e desmandos em que se transformou a gestão populista de Emanuel nos últimos oito anos.
Crise na Saúde
Um dos retratos mais sombrios desse período, que felizmente chega hoje ao seu fim, é o caos generalizado no setor da Saúde. Pacientes morrendo nas filas por falta de atendimento; falta de remédios básicos, como dipirona, falta de equipamentos para exames, estruturas inadequadas, medicação caras vencidas, e outras mazelas atestadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
A situação tornou-se tão insustentável que o Governo do Estado teve que intervir e assumir o setor, por meio de uma ação proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) e decidida pelo Tribunal de Justiça. Uma decisão que serviu para frear a balbúrdia e revelar em detalhes a ineficiência sistemática que frustrou as esperanças de milhares de usuários do sistema de saúde municipal.
Cenário de Corrupção
A má gestão de Emanuel Pinheiro também ficará marcada pelas suspeitas inequívocas e gritantes de corrupção.
Foram nada menos que 23 operações da Polícia Federal e Polícia Civil – um recorde nacional – por indícios de esquemas variados de desvios de dinheiro público, em contratos que ultrapassam os R$ 300 milhões
Foram nada menos que 23 operações da Polícia Federal e Polícia Civil – um recorde nacional – por indícios de esquemas variados de desvios de dinheiro público, em contratos que ultrapassam os R$ 300 milhões. Inclusive, verbas que deveriam ser usadas para tratar a população durante a Pandemia da Covid-19.
Secretários e auxiliares do primeiro escalão presos, servidores afastados, parentes suspeitos. Milhões e milhões que devem ter sido subtraídos, segundo as investigações, sob um manto de conluio em defesa de vaidades e interesses pessoais.
A expectativa da sociedade é que a Justiça dê conta de comprovar os indícios robustos de corrupção e punir, efetivamente, os responsáveis pelos alegados roubos aos cofres de Cuiabá.
Rombo bilionário
Emanuel também deixará como legado o maior rombo financeiro da história da Capital mato-grossense: pelo menos R$ 1,3 bilhão, segundo o Tribunal de Constas do Estado (TCE).
Centenas de fornecedores e prestadores de serviços sem receber há mais de um ano, em mais uma clara demonstração de inépcia. Segundo o TCE, a dívida de Cuiabá cresceu 255% desde 2017 até o final do ano passado, revelando indisponibilidade financeira para quitação de restos a pagar, reincidência de irregularidades contábeis e aumento exponencial da dívida pública.
Para não cansar o leitor, o MidiaNews não prolongará o relato dos desmandos, incúria e má-fé dessa velha política nutrida por Emanuel e exposta na sua forma mais abominável: o desprezo pelos cidadãos que pagam impostos.
Por tudo isso, cabe declarar, a plenos pulmões, e com o devido respeito: “Vaza, Emanuel!”
O ainda prefeito deixará um legado de frustrações e prejuízos que prejudicará a população, sobretudo a mais humilde, por anos e anos. E é preciso repudiar, com veemência, tal legado, para que os abusos não caiam no esquecimento e beneficiem, com o erro do esquecimento coletivo, seu principal responsável.
Os cidadãos, ao menos os conscientes, certamente irão respirar aliviados a partir deste dia 1º de janeiro. Por tudo isso, cabe declarar, a plenos pulmões, e com o devido respeito: “Vaza, Emanuel!”