Scarpa é condenado por não pagar dívida de R$ 210 mil
A Justiça determinou que o empresário Chiquinho Scarpa, de 73 anos, pague uma dívida de R$ 210,4 mil com médicos de uma clínica de anestesiologia.
A ordem de pagamento foi publicada no dia 13 de janeiro pelo juiz Fernando José Cúnico após o processo aberto pelos médicos transitar em julgado.
Ou seja, Scarpa não pode mais recorrer da condenação.
A ação foi iniciada em 2023 pela Clínica de Anestesiologia e Dor de São Paulo após uma tentativa amigável de cobrança
.No ano anterior, Scarpa ficou internado no Hospital Sírio Libanês e teve de ser submetido a dez cirurgias em razão de uma diverticulite. Os profissionais da clínica foram contratados para o serviço de anestesiologia.
O empresário, que se apresenta como conde em razão de um título que teria sido concedido em 1948 ao seu pai pelo papa Pio 12, disse à Justiça que todas as despesas deveriam ser pagas pelo seu plano se saúde.
Na defesa, ele afirmou também que não há no processo nenhum documento demonstrando a contratação da clínica, bem como não existe a comprovação da realização do serviço, “pois foram apresentadas planilhas produzidas unilateralmente pela interessada [a clínica], sem nenhum visto do paciente”.
Scarpa tinha se comprometido a pagar
Ao condenar Scarpa, os desembargadores do Tribunal de Justiça declararam que o milionário havia se comprometido antes dos procedimentos a assumir todas as despesas não cobertas pelo plano de saúde.
Disseram que não há como negar sua responsabilidade e que ele, se quiser, deve processar o plano para eventualmente obter o ressarcimento.
Pela decisão, Scarpa tem 15 dias para realizar o pagamento.
Scarpa é conhecido nacionalmente por ter participado como jurado de programas de auditório (Flávio Cavalcante e Chacrinha) e pelas polêmicas.
Em 1977, por exemplo, foi processado após ter feito afirmações sobre a vida íntima da então princesa Caroline, de Mônaco.
Em 1991, declarou à revista Interview possuir um “escravo” no Marrocos (posteriormente, afirmou que estava brincando).
Polêmica sobre não gostar de pobre
No ano passado, em entrevista ao podcast Festa da Firma, de Wellington Muniz (Ceará), Scarpa disse não gostar de pobre.
“O pobre sempre tem um negócio para pedir. A pior coisa do pobre é você chegar e dizer assim: ‘Como vai’. Aí você está frito. Aí ele diz: ‘minha mãe está doente, meu pai perdeu a perna, minha filha perdeu o dente’. Ele fica meia hora destilando todos os problemas. Nunca chegue para pobre e pergunte como vai”, afirmou.
Depois, em suas redes sociais, ele justificou sua fala afirmando que havia atuado em um personagem.
“O podcast é um programa de humor, onde há representações. Lamento muito pelo transtorno e pelas interpretações sobre o ‘personagem’ que atuei durante a entrevista. Nunca fiz distinção entre as pessoas, sempre tratei todos com muito respeito.”
