Secretário diz que recebeu Pasta com mais de R$ 2,5 mi em dívidas

O secretário municipal de Cultura, Johnny Everson, afirmou que recebeu a Pasta com mais de R$ 2,5 milhões em dívidas deixadas pela gestão anterior, do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

 

Um fornecedor que está quebrando porque não recebeu da Prefeitura e a gente investindo em ações culturais? Chega a ser um desrespeito

“Os documentos que nós já conseguimos acessar até o momento, [as dívidas] já estão em torno de R$ 2,5 milhões em restos a pagar. Desses restos, aproximadamente R$ 1,3 milhão são recentes, dos últimos três meses de 2024”, disse ao MidiaNews.

 

“Então é dívida recente que ainda está afetando diretamente os fornecedores que estavam esperando receber no exercício da última gestão, em dia. Tem dívida de 2019 que ainda está com restos a pagar”, completou.

 

A Pasta da Cultura é só mais uma atingida pelo rombo nas contas deixado pela gestão Emanuel. A equipe econômica do prefeito Abilio Brunini (PL) calculou um rombo de R$ 1,6 bilhão no caixa, levando a atual gestão a decretar situação de calamidade financeira.

 

Com as dívidas, as comemorações do aniversário de Cuiabá devem ser afetadas. Segundo o secretário, este ano haverá apenas eventos solenes devido à situação financeira do município.

 

Recentemente, o prefeito Abilio já havia confirmado que também não haverá nenhum aporte financeiro da Prefeitura para a realização do Carnaval no município.

 

De acordo com Johnny, quem está com pagamentos atrasados viria como um desrespeito o fato de haver eventos e a Prefeitura ainda não ter quitado os débitos. Por isso, regularizar os pagamentos atrasados serão prioridade.

 

“Pôr em dia é uma prioridade para a gente. Imagina o que passa na cabeça de um fornecedor que está quebrando porque não recebeu da Prefeitura e a gente investindo em ações culturais? Chega a ser um desrespeito com esses empresários e profissionais que já trabalharam, eles são nossa prioridade agora”, encerrou Johnny.

 

O secretário afirmou acreditar que as comemorações do próximo ano sejam maiores, com a expectativa de que até lá, as dívidas com os fornecedores deixadas pela gestão passada já estejam quitadas. 

 



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