Após 5 anos sem óbitos, doença já matou 12 em MT em 2025
A Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) já registrou 12 mortes por chikungunya desde o início do ano em Mato Grosso. Outros três casos seguem em investigação.
Estamos só no começo da epidemia, que é cíclica. Todo ano a gente tem
Até o último dia 13 foram confirmados 8.854 casos da doença no Estado, um aumento de 1.395% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 592.
O último registro de morte causada por suspeita da arbovirose em Mato Grosso ocorreu 2019. Nos últimos cinco anos, ninguém havia morrido pela doença.
Só em Cuiabá foram registradas seis mortes, enquanto uma segue em investigação. Rondonópolis (214,6 km de Cuiabá), Várzea Grande, Jaciara (143,6 km de Cuiabá), Chapada dos Guimarães (67,8 km de Cuiabá), Cláudia (606 km de Cuiabá) e Dom Aquino (169 km de Cuiabá) contabilizam um óbito cada.
Já a dengue é responsável por uma morte em Conquista D’Oeste (533,4 km de Cuiabá); cinco estão em investigação.
As arboviroses são mais frequentes nesta época do ano por causa do período de chuvas. O mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão das doenças, se prolifera em água parada.
De acordo com a secretária de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Barboza Sampaio, eliminar os mosquitos é um desafio. Ela afirma que, se um mosquito não contaminado picar uma pessoa contaminada, ele provavelmente vai transmitir a doença para a próxima pessoa picada.
Ainda, no caso da dengue, quanto mais uma pessoa tiver a doença, mais chances de contrair a forma mais grave ela tem.
“A dengue pode ter a forma hemorrágica. E quanto mais vezes você tiver dengue, maior a sua chance de fazer a forma hemorrágica, porque você adquire a imunidade do vírus que você já contraiu”, afirma a secretária.
As arboviroses criam um cenário preocupante no estado, e a quantidade de casos tende a aumentar. “Estamos só no começo da epidemia, que é cíclica. Todo ano a gente tem”.
Os órgãos de Saúde orientam a população a eliminar qualquer possibilidade de proliferação das arboviroses. Pode haver água atrativa para os mosquitos em calhas, vasos de plantas, atrás da geladeira, tampinhas de garrafas e qualquer objeto que possa acumular água parada.
A recomendação é manter as casas sempre limpas e cuidar dos quintais, além de se prevenir com o uso de repelente.