Deputada repudia ONGs por atuarem a favor da Moratória da Soja
A deputada federal Coronel Fernanda (PL), líder da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional, criticou duramente a atuação de ONGs como a WWF-Brasil e partidos de esquerda por tentarem barrar iniciativas contra a Moratória da Soja.
As ONGs que operam no Brasil estão a serviço de interesses externos
Segundo a parlamentar, essas organizações “nada sabem da realidade do Brasil e atuam para prejudicar o desenvolvimento do país e do agronegócio”.
A reação da deputada ocorre após a WWF-Brasil solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeite o pedido do governador Mauro Mendes (União) para uma audiência de conciliação sobre a lei estadual que estabelece punições a empresas que aderirem à Moratória da Soja em Mato Grosso. Para a ONG, qualquer negociação poderia “relativizar a proteção ambiental em favor de interesses privados”.
A Moratória da Soja é um acordo estabelecido por empresas do agro de não adquirir soja de fazendas com lavouras em desmatamentos realizados após 22 de julho de 2008, ainda que de forma legal.
“As ONGs que operam no Brasil estão a serviço de interesses externos. E juntamente com partidos de esquerda como PCdoB, PSOL, PV e Rede, tentam destruir o nosso setor produtivo, sufocar nossa economia e inviabilizar a competitividade dos produtores brasileiros”, criticou a parlamentar.
“Parece que trabalham contra o povo brasileiro e não têm compromisso com o desenvolvimento sustentável do país, além de ignorarem a legislação ambiental mais rígida do Mundo, que é o nosso Código Florestal”.
A deputada reforçou sua luta pelo fim da Moratória da Soja e pela criação de uma alternativa mais justa para os produtores rurais.
“A Moratória da Soja impõe restrições injustificadas ao produtor brasileiro e desrespeita a nossa legislação. Os países que compram nossa soja não fazem distinção entre áreas desmatadas legalmente e ilegalmente, o que prejudica o setor. Precisamos de alternativas para corrigir essa distorção e garantir que o produtor brasileiro tenha segurança jurídica para trabalhar”, destacou a deputada.
A deputada também lembrou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já instaurou um inquérito para investigar a Moratória da Soja, após representação feita por ela na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. “A Moratória pode configurar infração à ordem econômica, e isso precisa ser apurado com seriedade”, pontuou.
Coronel Fernanda reafirmou que seguirá firme na defesa dos produtores e do setor agropecuário brasileiro. “Não aceitaremos interferências externas que tentam barrar nosso crescimento. O Brasil tem todas as condições de ser referência em produção sustentável, e isso será feito respeitando a nossa legislação, não imposições estrangeiras”.