Líder de extorsão tinha carros de luxo mesmo sem emprego formal

O integrante de uma facção criminosa, preso nesta semana pela Polícia Civil por liderar um esquema de extorsões e ameaças contra comerciantes em Várzea Grande, acumulou patrimônio incompatível, entre eles veículos de alto padrão, mesmo não tendo trabalho formal. 

 

A investigação da Gerência e a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco) apontou que Ozia Rodrigues, conhecido como “Shelby”, de 35 anos, circulava com veículos como um Jeep Compass, um Land Rover Evoque e um Mercedes Benz.

 

Ele usava o apelido do personagem de uma série policial a fim de esconder sua identidade e intimidar as vítimas extorquidas.

 

O investigado foi visto dirigindo o Mercedes que, assim como os modelos Evoque e Compass, estava registrado em nome da esposa, também alvo da operação.

 

A decisão do juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais da capital determinou o sequestro dos veículos. 

 

Depois que a Polícia Civil iniciou a investigação para apurar o esquema de extorsão contra comerciantes de peças de veículos, no camelódromo de Várzea Grande, o casal trocou constantemente de veículos, a fim de despistar e evitar que os carros fossem objeto de medidas judiciais. 

 

As investigações da GCCO, iniciadas em novembro do ano passado, levantaram que Shelby e um comparsa, também preso na operação, extorquiram lojistas a pagar uma taxa de 5% sobre o faturamento mensal sob ameaças de morte, violência física e de terem seus estabelecimentos incendiados, em caso de recusa. As represálias violentas se estendiam ainda a funcionários e familiares das vítimas.
 
A estratégia criminosa de extorsão é a mais recente usada pela facção criminosa para captar recursos ilícitos, chamada de ‘taxa de funcionamento’.

 

Para forçar os comerciantes a pagar as taxas, os criminosos monitoravam as rotinas das vítimas e mantinham presença constante nos estabelecimentos. Além disso, Shelby fazia chamadas de vídeo para intimidar as vítimas, definindo os valores exigidos e os métodos de pagamento, ao que chamava de ‘projeto’ e alegava ter contato direto com criminosos presos que seriam seus líderes. 

 

Shelby responde a ações penais pelos delitos de homicídio, furto, roubo e integração de organização criminosa.

 

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