MidiaNews | Alarmismo Climático

As mudanças climáticas são um tema complexo. Geralmente, as projeções futuras dessas mudanças têm um forte componente alarmista.

 

Geralmente, as projeções futuras dessas mudanças têm um forte componente alarmista

A maioria das pessoas não consegue analisar logicamente a veracidade daquilo que é divulgado pois envolve conhecimentos técnicos. Acabam acreditando em tudo que é divulgado inclusive o exagero dos ativistas.

 

Essas projeções futuristas são baseadas em modelos computacionais que, embora científicos, não conseguem prever e capturar todas as variáveis de um processo natural como o clima.

 

O que pesa mais, causas naturais ou antropogênicas? Normalmente as causas naturais não são especificadas nem dimensionadas.

 

 Será que a rapidez das mudanças que ocorreram nas últimas décadas estão coerentes com o lento avanço das emissões humanas?

 

A irreversibilidade do prognóstico do degelo total no verão, do ártico e da Groelândia, teriam como causa somente as emissões humanas?

 

Por enquanto estamos lidando com teorias que, mesmo com fundamentos sólidos, podem nos levar a equívocos.

 

É com questionamentos que evolui uma nova ciência e questionamentos não caracterizam negacionismo. No mínimo, novos estudos serviriam para reafirmar convicções.

 

Não considero correto, porém, fazer esse alarmismo com teorias ainda não totalmente cientificamente comprovadas. Semanalmente estão nos alertando para catastrofismos que vão ocorrer daqui 50 ou 100 anos.

 

Notícias alarmistas já estão afetando psicologicamente as pessoas.

 

Esse alarmismo climático pode ser explicado e atribuído a vários fatores:

 

➢ Sensacionalismo atrai mais atenção;

 

➢ Ameaças existenciais assustam as pessoas, provocando medo e ansiedade;

 

➢ Ativistas usam os dados alarmistas para transformá-los em terrorismo climático e mobilizar apoio;

 

➢ Na área econômica, empresas precisam ter apoio científico para arriscar investimentos em tecnologias limpas;

 

➢ Governos buscam justificativas para regulamentações.

 

Tudo isso tem consequências, as vezes até negativas, para aquilo que está sendo pretendido, alarmismo excessivo pode levar a descrença e o público com o tempo se cansa de alertas que não acontecem.

 

Notícias deste último ano, com novas descobertas gigantescas de gás e petróleo por todo o planeta, incluindo a margem equatorial brasileira e a intensão de explorá-las, estão indicando que a queima de combustíveis fósseis vai aumentar por mais algum tempo.

 

Parece uma incoerência pesquisas indicando extrema gravidade do aquecimento global, já quase numa condição de não retorno, comprometendo a existência da humanidade, enquanto diversos países e recentemente a Noruega, incentivando e aumentando a produção de petróleo.

 

Parece que os humanos não estão dispostos a abdicar dos benefícios do petróleo, gás e eletricidade, cujas demandas só tendem a aumentar.

 

Coisa análoga ocorre com a produção de alimentos, onde os alarmismos são potencializados pelos ativistas, geralmente com um forte componente ideológico. Todas áreas utilizadas atualmente para produção de alimentos foram necessárias para a segurança alimentar da humanidade. Acho, porém, que com as novas tecnologias, não haveria mais necessidade de novos desmatamentos

 

O que é preciso fazer? Informações precisas e equilibradas, com diálogo sensato sem alarmismo dentro da ciência, entre políticos, cientistas e sociedade.

Precisamos cortar de vez a linguagem sensacionalista.

 

Considero que o tema “mudanças climáticas” não está ainda cientificamente resolvido. Ainda temos muito que aprender e pesquisar.

 

Arno Schneider é engenheiro agrônomo, pecuarista e diretor da Acrimat.



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