Perri: Intenção de Clarice foi premiar esforço; não agiu de má fé

O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, defendeu a ex-presidente Clarice Claudino da Silva, que em dezembro de 2024 se envolveu em uma polêmica nacional ao pagar R$ 10 mil aos magistrados e R$ 8 mil aos servidores a título de vale-alimentação. O benefício foi apelidado de “vale-peru”.

A intenção da presidente do Tribunal foi bonificar, gratificar e premiar o esforço desumano

 

Segundo Perri, Clarice fez a ação na “maior boa fé”, na intenção de premiar um esforço “desumano” dos servidores do Tribunal.

 

“A nossa presidente o fez na maior boa fé, tomando como exemplo inclusive outros tribunais que bonificaram os seus servidores pela produtividade deles. A intenção da presidente do Tribunal foi bonificar, gratificar e premiar o esforço desumano dos servidores na obtenção do selo na produtividade que eles alcançaram”, disse.

 

“Não agiu de má fé a presidente, não. Ela seguiu o exemplo de outros tribunais e querem sacrificar apenas o [Tribunal] de Mato Grosso?”, questionou o decano do TJ.

 

A fala de Perri ocorreu durante entrevista à imprensa na sede das Promotorias de Justiça da Capital, onde ele participou da posse do novo procurador-geral de Justiça Rodrigo Fonseca, nesta sexta-feira (7).

 

De acordo com o desembargador, todos os servidores e magistrados que receberam o penduricalho já fizeram a devolução.

 

“O Tribunal de Justiça já prestou as informações e os magistrados todos devolveram. Tão logo a presidente determinou a devolução, os magistrados atenderam o apelo dela e absolutamente todos devolveram”, disse o desembargador.

 

O auxílio turbinado gerou polêmica e críticas. O ministro Mauro Campbell Marques, corregedor do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mandou suspender o pagamento por considerar o valor exorbitante, entretanto, o dinheiro já havia caído na conta dos magistrados e servidores.

 

Após isso, o Tribunal recuou e mandou que os funcionários devolvessem o montante.

 



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