Veja nome de alvos do Gaeco em megaoperação contra agiotas; MT está na lista
Cinco nomes já foram revelados como parte da organização criminosa especializada em agiotagem e que se ramificava por vários estados, empregando até mesmo policiais militares que usavam de táticas violentas para cobrar clientes que faziam empréstimos a juros estratosféricos. A organização criminosa foi alvo da Operação Soldados da Usura, deflagrada pelo Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Rondônia e que mirou alvos em Mato Grosso.
Os nomes, obtidos pela reportagem do Estadão Mato Grosso, são da empresária Esther Lorena Pimenta do Nascimento, de Naiara dos Santos Ramos, Stella Pimenta do Nascimento, João Silva do Nascimento e Daniel Victor Lima Bezerra. Contudo, a função de cada um na organização criminosa não foi revelada.
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Outra informação obtida pela reportagem é a que dos alvos, Daniel Victor Lima Bezerra foi preso. A prisão do homem ocorreu no município de Diamantino.
A OPERAÇÃO
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, está dando apoio ao Gaeco de Rondônia na Operação Soldados da Usura, deflagrada na manhã desta sexta-feira (7). Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos Estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Em Mato Grosso, a equipe do Gaeco cumpre três mandados de busca e apreensão em Cuiabá e um em Diamantino, onde um mandado de prisão já foi cumprido.
A operação visa desmantelar uma organização criminosa constituída com o objetivo de obter vantagens financeiras a partir da realização de empréstimos ilegais (usura) e que praticou, no mesmo contexto, os crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidades ideológicas, dentre outros em apuração.
A fase ostensiva da operação tem como objetivo dar cumprimento a nove mandados de prisão preventiva, 42 mandados de busca e apreensão, além de diversas medidas como: indisponibilidade de valores, imóveis, cotas sociais de empresas, veículos de luxo, que totalizam R$ 73.655.246,00, todas determinadas pela Justiça Estadual de Porto Velho.
O Procedimento Investigatório Criminal teve início no Ministério Público de Rondônia a partir da comunicação da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do estado, que encaminhou cópias de sindicâncias instauradas contra policiais militares, contendo indícios de crimes de usura e extorsão.
Com o aprofundamento das investigações se identificou uma Orcrim constituída por uma rede de pessoas que tinham as funções de captar “clientes”, fazer empréstimos com juros ilegais, fazer as cobranças com o uso de violência e grave ameaça (inclusive com uso de armas de fogo), seguidos de atos de expropriação patrimonial, já que, em relação a diversas vítimas, os investigados se apossaram de valores e bens que lhes pertenciam, acumulando e movimentando expressivas cifras em dinheiro e bens móveis e imóveis.
Na sequência, os investigados praticavam diversas condutas visando ocultar e dissimular a origem, disposição e localização de bens e valores, movimentando todo o patrimônio ilicitamente angariado em nome de empresas “fantasmas” constituídas em nome de “laranjas”, com documentos ideologicamente falsos, convertendo, também, ativos ilícitos em lícitos, com relevantes investimentos na compra de veículos, imóveis e até na construção de uma draga de extração de ouro no Rio Madeira.
Usura – O nome atribuído à operação é referência ao modus operandi adotado pelos investigados, que empregavam força, ameaças com armas de fogo, violência física, comportando-se como uma legião de saqueadores, explorando e expropriando as vítimas para obter e acumular muita riqueza às custas do patrimônio alheio.
(Com informações da assessoria).