
Combater queimadas não terá fim se população não parar de botar fogo em MT todo, diz Mendes
O governador Mauro Mendes (União) comemorou os resultados do combate às queimadas em Mato Grosso no ano passado, mas criticou a insistência de criminosos ambientais que teimam em continuar botando fogo por todo o estado. Mendes também criticou a falta de rigor na lei para punir crimes como esses. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 27 de março, durante o lançamento do plano de ação para combate aos incêndios deste ano, cujo período de estiagem se aproxima.
“O número de queimadas que nós tivemos no Pantanal foi muito menor do que a série histórica que temos nos últimos anos, [inclusive] menor que no Mato Grosso do Sul […] se alguém sair colocando fogo em todo o estado, será difícil alcançar os mesmos resultados”, pontuou.
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Sobre o assunto, o governador destacou que, só no ano passado, mais de 20 pessoas foram presas por atear fogo de forma criminosa e, mesmo diante da gravidade da situação, foram liberadas logo em seguida.
Apesar da evolução apontada pelo governador, o Mato Grosso ainda liderou o ranking dos estados por foco de incêndio no Pantanal em 2024. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apenas nos primeiros seis meses, os focos de incêndio no Pantanal, já era 8% superior ao de 2020, que até então, foi o período recorde de queimadas em todo o bioma.
PLANO DE AÇÃO
Durante a reunião, o governador afirmou que o Estado vai investir mais recursos para atuar no combate e prevenção de incêndios no período de estiagem deste ano.
O Plano de Operações da Temporada de Incêndios Florestais (Potif) para 2025 deve contar com oito aeronaves AirTractors para atuar no combate ao fogo, sendo duas do Corpo de Bombeiros (CBM) e seis da Defesa Civil Estadual, além de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
O plano prevê ainda um aumento de 75% no número de viaturas do CBM em campo, com a locação de 80 novos veículos, e a mobilização de 1.088 militares, além de 150 brigadistas estaduais e 90 brigadistas municipais.
O governo também deve empregar 28 maquinários para construção de aceiros e abertura e manutenção das vias de acesso. O governo estima alcançar 1.767,2 km de estradas e aceiros nessas ações de prevenção nas unidades de conservação e rodovias estaduais, e contará com 85 instrumentos de resposta temporária, como equipes de intervenção, fiscalização, perícia e resgate de fauna.
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