Gaeco apreende arma e drogas na casa de morto em operação
O integrante de facção criminosa Gilmar Machado da Costa, morto em um confronto com policiais durante a Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), nesta quinta-feira (20), era uma das lideranças da facção.
Era uma liderança, audacioso, enfrentou a Força Tática e veio a óbito. Tem passagens criminais, tem condenações criminais
A operação tinha o objetivo de desarticular o grupo criminoso, que estava extorquindo comerciantes da Baixada Cuiabana e os obrigando a comprar água mineral vendida pela facção a preços maiores e com taxa de R$ 1 por garrafão.
Quando os policiais da Gaeco, em conjunto com a Polícia Militar e outras Forças de Segurança, foram cumprir as ordens judiciais na casa onde estava Gilmar, no Bairro Nova Conquista, ele reagiu, sendo baleado e morto.
“Era uma liderança, audacioso, enfrentou a Força Tática e veio a óbito. Tem passagens criminais, tem condenações criminais”, disse o coordenador do Gaeco, o promotor de Justiça Adriano Roberto Alves.
Após o confronto, foram realizadas buscas no imóvel, e os policiais apreenderam um revólver, munições, entorpecentes, dinheiro em espécie e vários documentos que comprovaram a ligação de Gilmar ao controle do esquema de extorsão.
“Foram encontradas pequenas quantidades de substâncias, como maconha, por exemplo, munições e arma de fogo”, disse o delegado Hércules Batista Gonçalves, do Gaeco.
Além de Gilmar, também morreu em confronto com o Gaeco Fabio Junior Batista Pires, conhecido como “Farrame”, que era um homem de confiança máxima do líder da maior facção criminosa do Estado, “Sandro Louco”.
A operação
A Operação Acqua Ilicita foi deflagrada em Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop.
A operação combate a extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa que vinha prejudicando comerciantes de água mineral e aumentando os preços para os consumidores.
A operação foi realizada no mesmo dia em que a Polícia Civil realiza, em Cuiabá e Vázea Grande, a Operação Falso Profeta, com o mesmo objetivo. Nas operações quatro alvos são coincidentes.
Ao Gaeco, foram expedidos 60 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de prisão e sequestro de bens e valores ilícitos, incluindo 33 veículos, que estão sendo cumpridos nos quatro municípios. Ao todo, participam da operação 340 policiais militares e 60 agentes do Gaeco.
As investigações apontaram para uma organização criminosa em expansão, visando lucros por meio de atividades ilícitas.
O Serviço de Inteligência da Polícia Militar, em colaboração com agentes do Gaeco, constatou que os criminosos cobravam um alto preço pela liberdade e controle econômico de comerciantes. Assim, sob coação, os comerciantes são cooptados e acabam aderindo à organização criminosa.
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