Governador critica pedido de Lula para zerar ICMS da cesta básica: “não vai resolver”
O governador Mauro Mendes (União) disse ser contrário à proposta do presidente Lula (PT) para zerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da cesta básica. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 11 de março, ele afirmou que o motivo da inflação alta no país não é o ICMS, mas sim o o descontrole de gastos do Governo Federal.
“Em Mato Grosso, a grande maioria dos itens são isentos ou tem percentual extremamente baixo. O que tá causando inflação alta não é isso. Se eu reduzir 1%, não é isso que vai mudar o valor dos alimentos. Os alimentos estão caros por causa dos juros altos, por causa da alta do dólar. A inflação está fugindo do controle porque o Governo Federal, infelizmente, não fez a lição de casa. O Governo Federal está gastando mais e não é de agora, é há muitos anos. A verdade tem que ser dita e os números estão aí para ser analisados. O Governo Federal vem tendo déficit primário, gasta mais do que arrecada, há muitos anos”, comentou.
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Mauro explicou aos jornalistas que o aumento da dívida pública do governo federal tem forçado a alta dos juros, o que cria um ciclo vicioso na economia nacional. Segundo ele, o governo deveria ajustar suas contas para encaminhar a economia no rumo certo.
Mendes apontou ainda que o desequilíbrio fiscal de vários anos está “batendo na porta da população” agora e comparou a situação nacional com o início do seu mandato, lembrando que pegou um “Estado quebrado”.
“Fizemos a lição de casa. Em 2019, pegamos um governo totalmente desequilibrado e, ao invés de ficar fazendo gracinha, como a maioria dos políticos gostam de fazer, eu fui trabalhar, com a minha equipe e com o apoio da Assembleia Legislativa, e aprovamos leis duras e fomos vaiados, mas hoje temos um estado equilibrado e que paga suas contas em dia, e não pega dinheiro emprestado para pagar dívidas ou juros, pegamos dinheiro para fazer investimentos. Somos o estado que mais investe hoje no Brasil, em torno de 20% por 4 anos consecutivos. Nós temos que fazer o nosso dever. Se o Governo Federal tivesse feito isso, não estaria tendo esse tipo de coisa que, ao meu ver, não vai resolver”, concluiu.
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