MidiaNews | Efeitos da reforma
O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, classificou preocupante o cenário para Mato Grosso a partir de 2033, quando passa a valer a Reforma Tributária. Segundo ele, o orçamento do ter um impacto de até R$ 7 bilhões nos próximos anos.
A medida unifica cinco tributos — ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — em uma cobrança única. Ocorre que a cobrança do imposto hoje chamado de ICMS passará a ser feito no local de consumo, e não no local de produção. Mato Grosso, com baixa densidade populacional, mas produz do que consome.
“É um impacto profundo na principal fonte de arrecadação de Mato Grosso. O ICMS é hoje 55% da arrecadação do orçamento de todo o Estado. Então, ele é muito relevante. Mas haverá em Mato Grosso esse impacto”, disse Galo ao podcast do site Olhar Direto.
“Haverá uma transição, longa, de 50 anos. Começa em 2033 e vai até 2083. Ficaremos até lá recebendo repasses do Comitê gestor. Porém, Mato Grosso tem crescido o PIB acima da media brasileira. E nossa arrecadação acompanha. Isso não vai acontecer mais, porque vai ter um PIB, mas não vamos tributar mais essa fatia. Vamos perder essa tendência de crescimento e passar a decrescer a partir de 2033. Isso é preocupante”.