Polícia investiga se matador de Nery trabalhou na execução de outro advogado
Um dos presos na Operação Office Crime a Outra Face e apontado por ser efetivamente o assassino do advogado Renato Gomes Nery, Alex Roberto de Queiroz Silva pode estar envolvido na morte de outro advogado, Antônio Padilha de Carvalho, morto a tiros em 2019. Além de ter sido morto a tiros, outras semelhanças existem entre os casos que estão separados por quatro anos de diferença.
Conforme informações, ainda preliminares, a desconfiança existe devido a fotografias dos assassinos de Padilha no telefone de Alex. Além disso, os crimes se assemelham devido ao fato de que, assim como Nery, Padilha também foi executado por criminosos em uma moto sem placa e que vestiam uma jaqueta escura.
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Porém, apesar das semelhanças nos crimes e do fato de que Alex tem semelhanças físicas com o assassino de Padilha, ainda é muito cedo para afirmar que de fato existe qualquer ligação entre os casos.
Além de Alex, foram presos os policiais militares do batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam), Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Leonardo de Oliveira Penha, Jorge Rodrigo Martins, Wekerlley Benevides de Oliveira e Heron Teixeira Pena Vieira. Todos suspeitos do assassinato de Nery.
EXECUTADO EM 2019
Padilha foi morto em dezembro daquele ano, após denunciar um suposto esquema de desvio de dinheiro praticado por membros o Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Cuiabá (Sintramm). À época, Padilha atuava como advogado do órgão.
O crime foi praticado no dia 4 de dezembro. Padilha e a esposa estavam de carro quando pararam em um semáforo no cruzamento entre a Rua Benedito de Camargo com a Avenida Dante Martins de Oliveira, no Jardim Leblon, na Capital.
Parados no sinal, os dois atiradores em uma motocicleta se aproximaram do veículo e um deles disparou cerca de cinco vezes em direção a Padilha, que foi alvejado na cabeça, pescoço e tórax.
Assassinato de Renato Nery
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.