Sargento envolvido em morte de advogado se entrega a polícia
O terceiro sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira, se apresentou a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), no final da tarde desta sexta-feira (7). O militar estava foragido desde ontem quinta-feira (6), quando foi deflagrada a Operação Office Crimes – A Outra Face, que investiga o assassinato do ex-presidente da OAB-MT em frente ao seu escritório em 5 de julho do ano passado, em Cuiabá.
Conforme informações preliminares, ele apresentou junto de seu advogado e ficou em silêncio. É esperado que dentro das próximas horas ele seja interrogado.
– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Na operação dessa quinta-feira, quatro militares do estado e um caseiro, apontado como executor do crime, foram presos.
Conforme o Portal Transparência, Heron entrou para o quadro de servidores de Mato Grosso em 2008. Atualmente, está lotado como 3° sargento da Força Tática, na capital, atuando no setor de inteligência. O salário mensal, conforme o portal, é de R$ 11.666,27.
Heron também foi alvo da Operação Simulacrum, que investigou um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos e foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MP-MT).
Em nota, a PM informou que a Corregedoria-Geral está acompanhando os fatos e que a instituição “não coaduna com nenhum tipo de crime, seja dentro da corporação ou fora dela”.
Assassinato de Renato Nery
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.