WS vai apresentar novamente PL de câmeras em fardas após morte de Renato Nery

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) voltou a defender o uso de câmeras nas fardas e viaturas da Polícia Militar para coibir excessos durante as abordagens e demais ações de policiais militares. O tema volta à tona, após as investigações da Polícia Judiciária Civil apontar que os cinco policiais presos na “Operação Office Crimes – A Outra Face”, teriam forjado um confronto para incriminar outras pessoas pela morte do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, morto em julho de 2024.

“A polícia precisa ser controlada, e quem tem esse papel constitucional é o Ministério Público, e através do promotor Vinícius Gahyva, vem há um bom tempo falando da existência de um esquadrão da morte. Esse assassinato do advogado Renato Nery traz luz a esse debate. Eu tenho certeza que se esses policiais em serviço estivessem usando câmeras, talvez o advogado estaria vivo hoje”, comentou.

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Santos alega que não consegue mudar o pensamento do governador Mauro Mendes (UB) em relação ao uso do equipamento e lembra que o governador de São Paulo, Tarcisio Freitas (Republicanos), que tinha resistências ao programa de câmeras, mudou de ideia após uma série de problemas com a Polícia Militar daquele estado. 

“O Tarcísio era contra e agora está ampliando o programa de câmeras e está dando bons resultados. Mas isso é questão de tempo, é questão de dias, os nossos policiais irão ganhar essa ferramenta, este presente. Não o mau policial, como sempre digo: tem bons políticos, maus políticos, e tem o mau médico e os bons médicos… e tem o bom policial e os bandidos fardados, que são os piores, que usam o coturno, que usam as armas, as viaturas pagas pelos contribuintes para tirar a vida dos inocentes. Esse é um bandido, e na polícia também tem bandidos, não vamos confundir a instituição Polícia Militar com o bandido, mas lá dentro também tem bandidos fardados”, alegou.

O parlamentar avisa que irá novamente provocar a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa para debater o tema.

O caso

As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que os militares do Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam), presos na operação, teriam forjado um confronto e supostamente plantado a arma que matou o advogado nas mãos de criminosos que entraram em confronto com a Rotam seis dias após a morte de Nery.

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Estadão MT