“Após tiros, PM demonstrou frieza”, diz MPE sobre assassinato

A sequência de ações do subtenente aposentado da Polícia Militar Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, foi descrita pelo promotor de Justiça Bruno Barros Pereira, como “comportamento violento e premeditando”. Ele matou Claudemir Sá Ribeiro no dia 23 de março em um bar em Colniza.

 

Após os disparos, Elias deixou o local de maneira calma, sem demonstrar qualquer arrependimento, reforçando a frieza

Segundo o promotor, o homem não demostrou qualquer sinal de arrependimento após ter matado à queima-roupa a vítima. 

 

A descrição consta na denúncia do Ministério Público Estadual, em que Elias foi denunciado pelo homicídio de Claudemir. O Ministério Público Estadual pediu, ainda, a fixação de valor mínimo de reparação dos danos materiais e morais causados aos familiares da vítima no valor de R$ 500 mil.

 

Elias, que foi exonerado do cargo de diretor do Colégio Militar Tiradentes após o crime, confidenciou a uma testemunha, conforme a denúncia, minutos antes do homicídio, que estava “com vontade de matar alguém” naquela noite.

 

“As imagens do circuito de segurança registraram toda a ação criminosa, confirmando a execução deliberada, fútil (ciúmes) e sem chance de defesa da vítima. Após os disparos, Elias deixou o local de maneira calma, sem demonstrar qualquer arrependimento, reforçando a frieza com que executou o homicídio”, diz trecho de documento.

 

Elias passou o dia ingerindo bebida alcoólica e demonstrou irritação quando algumas mulheres que antes estavam com ele decidiram sentar-se à mesa da vítima. Em tom agressivo, afirmou que poderia matar todos ali.

 

Elias, então, se aproximou da mesa de Claudemir, iniciou uma breve conversa e, sem provocação, disparou, matando Claudemir. A vítima estava distraída com o celular e não teve chance de defesa.

 

As imagens do circuito de segurança confirmaram a execução deliberada e sem chance de defesa.

 

De acordo com o MPE, o crime foi cometido por motivo fútil (ciúmes), uma vez que Elias estava frustrado pelo fato de as mulheres terem se afastado para ficar próximo a Claudemir.

 

O denunciado tentou justificar a ação alegando que Claudemir pertencia a uma facção criminosa e que teria ameaçado a vida dele, mas as investigações não apontaram qualquer ligação da vítima com o crime organizado.

 

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