Deputados de MT consomem R$ 3 mi com gráficas, viagens e materiais de gabinete

Folhamax

Os deputados federais de Mato Grosso já gastaram quase R$ 3 milhões em 2016, em gastos relativos a cota parlamentar. O valor é utilizado para custear despesas do exercício do mandato, como serviço postal, compra de bilhete aéreo para o parlamentar e funcionários do gabinete, além de materiais de escritório, como papel, copos, canetas e outros utensílios.

Até hoje, os deputados de Mato Grosso já gastaram R$ 2.934.323,92 milhões. O recordista em gastos é o deputado federal Ságuas Moraes (PT), que gastou até o final de novembro R$ 447.388,59.

Ele é seguido por Valtenir Pereira (PMDB), que gastou R$ 411.885,98 mil e Carlos Bezerra (PMDB) com R$ 410.654,16 mil entre os meses de janeiro e novembro. Entre os parlamentares que ficaram o ano inteiro no mandato, Adilton Sachetti (PSB), com R$ 261.164,84 mil gastos na Cota Parlamentar, foi o mais econômico.

Ele também foi o único que não “estourou” a cota em nenhum mês. O suplente José Augusto Curvo, o Tampinha (PSD), suplente que assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante nove meses, gastou R$ 250.598,50 mil.
Ezequiel Fonseca foi o que menos gastou no total anual, com R$ 209.852,91 mil, mas esteve licenciado entre janeiro e maio. Fabio Garcia (PSB) gastou até hoje R$ 319.795,51 mil, Victório Galli (PSC) fez uso de R$ 312.626,25 mil e Nilson Leitão (PSDB) utilizou R$ 310.357,18 mil da Cota Parlamentar.

Entre os deputados que tiveram os maiores gastos um único mês estão Carlos Bezerra, em março de 2016, quando utilizou R$ 89.210,83, Ságuas Moraes, em setembro, que utilizou R$ 84.683,73 e Nilson Leitão, que utilizou em abril R$ 67.968,66 da Cota Parlamentar. Os gastos de Bezerra, em março, incluem R$ 70 mil em “Divulgação da Atividade Parlamentar”.
Os valores foram pagos a duas gráficas de Brasília, para a impressão de informativos. Na “Escala Gráfica, pagou R$ 40 mil por 10 mil informativos em papel couchê 90 grs e 4/4 cores e na Horizonte Gráfica e Encadernadora, pagou R$ 30 mil por 40 mil informativos em papel A4, frente e verso, 4/4 e em papel couchê 115 gm, em policromia.

Ságuas teve seu maior gasto em setembro, auge do período eleitoral. Metade do valor gasto no mês foi para locação ou fretamento de uma aeronave. De acordo com as notas fiscais apresentadas pelo parlamentar, o avião esteve em Cuiabá, Jauru, Campo Verde, Dom Aquino e Rondonópolis, entre os dias 16 e 19, além de Lucas do Rio Verde, Vera, Terra Nova do Norte, Alta Floresta, Brasnorte, Juruena, Cotriguaçu, Castanheira, Porto dos Gaúchos, Colniza e Juína, entre os dias 22 e 26, e Santo Antônio do Leste, Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Torixoréu, Cocalinho, Ribeirão Cascalheira, Novo Santo Antônio, Confresa, Canabrava do Norte, Porto Alegre do Norte, Santa Cruz do Xingu e Santa Terezinha, entre os dias 6 e 11 de setembro.

Nilson Leitão teve seu maior gasto no mês de abril, quando teve gastos de R$ 67.968,66. Deste valor, R$ 47 mil foram usados para “Divulgação da Atividade Parlamentar”. O parlamentar pagou para o Jornal Só Negócio LTDA, onde imprimiu um informativo com 12 páginas, F4, frente e verso, em policromia e papel couchê 120 gramas. No total, foram impressos 70 mil unidades, segundo a nota fiscal.

A cota mensal para os deputados federais de Mato Grosso é de R$ 39.428,03, mas alguns dos gastos são cumulativos aos meses seguintes, com limite anual de R$ 473.136,36 para o parlamentar que não se licenciar. Gastos como locação ou fretamento de veículos (até R$ 10 mil), táxi, pedágio ou estacionamento (R$ 2,5 mil) e serviços de segurança prestados por empresa especializada (R$ 8 mil) não podem ser acumulativos.