Casal acusado de matar italiano em Barra do Garças ganha liberdade
Redação c/ Araguaia Notícia
Estão soltos desde sexta-feira (23/12), Tatiane Lourenço e o namorado dela Célio Mariano. Eles estavam detidos há sessenta acusados de envolvimento na morte do pecuarista e ex-conde italiano Alessandro Carrega Dal Pozzo, 63 anos, que foi assassinado em agosto de 2016, em Barra do Garças.
Eles foram colocados em liberdade pelo juiz Michel Lotfi, o mesmo que havia decretado a prisão temporária dos suspeitos anteriormente. Acontece que agora, a Justiça entende que os suspeitos já não estão mais obstruindo as investigações. Podendo aguardar julgamento em liberdade. A Polícia Civil de Barra do Garças, no entanto, continua atribuindo a autoria do crime a ex-mulher do italiano e ao namorado dela.
Alessandro foi assassinado dentro de casa e o corpo foi encontrado já em estado de decomposição no bairro Jardim das Mangueiras. Foram vizinhos que sentiram o mau cheiro e chamaram a polícia. O crime repercutiu mundialmente e vem sendo acompanhado pelo Consulado Italiano, que enviou carta ao governador Pedro Taques, pedindo a apuração rigorosa do caso.
No passado, o italiano recebeu um castelo que era da mãe de Napoleão Bonaparte, que foi vendido para o governo italiano, e com o dinheiro adquiriu propriedades no Uruguai e posteriormente no Brasil. Ele então abandonou o título de conde e marques na Itália para se tornar fazendeiro no Mato Grosso. E aqui conheceu Tatiane.
Deste casamento tiveram uma filha, todavia o relacionamento acabou em disputa por bens, que estão em nome de Tatiane. Após separação, Tatiane passou a namorar Célio. Sobre a investigação, o delegado Adriano informou na quinta-feira (29/12) que novos depoimentos reforçam a suspeita sobre Tatiane e Célio. O delegado marcou uma entrevista para falar sobre o caso para essa sexta-feira (30/12).
Um depoente afirmou que após cometimento do crime e antes da polícia encontrar o cadáver, a suspeita entrou em desespero vindo a chorar com medo das conseqüências. Também um fato relacionado aos cachorros que antes de localizar o cadáver, o suspeito estava com filhotes supostamente dos cachorros do Italiano.
A família acredita que o italiano foi morto por causa da divisão dos bens e para acompanhar as investigações contratou o advogado Rafael Rabaioli, em Barra do Garças. O advogado explica que o pecuarista tinha feito um acordo na justiça dando 1,9 milhões para Tatiane, desde que ela devolvesse os bens para ele. Todavia, a ex-mulher recebeu a 1ª parcela de 1,4 milhões e não devolveu os bens, onde havia uma multa de mais de 500 mil.
“A família está muito assustada pela violência ocorrida, e neste momento se preocupa pelo bem estar da menor herdeira (filha de Tatiane e Alessandro), ainda mais por ela estar sob a custódia do estado”, frisou o advogado.
Parentes do italiano têm elogiado o trabalho da polícia de MT na condução da investigação e acredita que o caso será logo esclarecido. No momento, a herdeira de Alessandro está de férias, em companhia da família do pai, na Itália.