Entidades se unem para reformar cadeia
TVCA
Representantes de instituições públicas e privadas de Vila Rica, decidiram começar por contra própria a reforma da cadeia pública do município, que está interditada desde setembro de 2013, por falta de estrutura. A iniciativa tem apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas, Sindicato Rural e outras entidades que representam os moradores.
A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos disse que está ciente da obra e que firmou um termo de cooperação com o Conselho de Segurança de Vila Rica. A Sejudh disse que vai repassar em breve R$ 350 mil para a entidade para contratar a obra. Esse dinheiro deverá ser usado para reforma do prédio e construção do muro, e usado ainda para repor o que já foi gasto, disse a pasta.
As obras tiveram início na semana passada, com doações. O material de construção é comprado nas próprias lojas do município. A iniciativa da população foi tomada por causa da demora do estado em assumir a revitalização da cadeia pública.
“Convocamos sindicato rural, CDL, sindicato dos trabalhadores, Promotoria de Justiça, Judiciário, delegacia civil, comando da Polícia Militar, e outras entidades que representam o município. Formou uma comissão de construção e a obra está aí”, disse o presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública, Leonardo Borghesan.
Segundo ele, quanto à arrecadação para conclusão da reforma, está sendo feito levantamento com o comércio local e produtores rurais. “O estado deve, tem a obrigação com a sociedade, de fazer com que essa reforma seja concluída o mais rapidamente possível”, disse Borghesan.
A unidade foi interditada por determinação judicial. Na decisão da época, o juiz Ivan Lúcio Amarante disse que os presos “só não fugiam porque não queriam”. A ideia é que, com a reforma, sejam criadas 100 vagas para presos no município.
A interdição na unidade fez com que os presos, tanto homens quanto mulheres, ficassem de forma improvisada nas celas de delegacia de Vila Rica, que tinha deficiência na ventilação e não contava com banheiros. A alimentação chegava a ser levada pelos investigadores de polícia. Mas agora, a orientação é que os presos sejam encaminhados para o presídio de Porto Alegre do Norte, que é a unidade mais próxima, disse o delegado Gutemberg Lucena.
“Só que essa situação não pode perdurar por muito tempo, porque vai causar outro problema que é a superlotação da Cadeia Pública de Porto Alegre do Norte, que já comporta a cidade de São José do Xingu, Porto Alegre do Norte, Canabrava e Confresa, que é uma demanda muito grande”, disse o delegado.