TJ julgará HC para analisar soltura de acusado de matar procuradores

Folhamax

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso analisa na próxima terça-feira pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do vaqueiro José Bonfim Alves de Santana, 42, acusado de matar os procuradores Saint-Clair Souto, 38 anos, e Saint Clair Martins, 78 anos, na zona rural de Vila Rica no mês de setembro do ano passado. O vaqueiro é réu confesso do duplo assassinato, ocorrido após as vítimas descobrirem que ele estava roubando gado da fazenda.

A advogada Elizabeth Diniz, esposa e mãe das vítimas, contou ao FOLHAMAX que estará em Cuiabá Cuiabá para acompanhar o julgamento. Ela acredita que o acusado irá permanecer detido pelo crime brutal que cometeu.

“Ele assassinou friamente duas pessoas e ainda ocultou os cadáveres. É um absurdo um homem que tenha cometido um crime dessa natureza e que inclusive chegou a confessar possa ficar em liberdade”, afirmou a jurista.
No pedido, a defesa alega que o réu não representa perigo a instrução processual e tem bons antecedentes. Diante disso, pode esperar o julgamento em liberdade. “Este caso é muito complexo e não tem cabimento algum esse habeas corpus ser deferido”.

MORTES
O procurador aposentado no Distrito Federal Sanit-Clair Souto, e o filho que atuava na Procuradoria-Geral do Rio de Janeiro, Saint-Clair Souto foram até a fazenda que pertence a família no município de Vila Rica no dia 9 de setembro e não deram mais notícias a família.

Conforme o inquérito policial presidido pela Gerencia de Combate ao Crime Organizado (GCCO), pai e filho estavam desconfiados de que o vaqueiro que trabalhava na propriedade rural estava vendendo cabeças de gado sem a permissão do patrão e ficando com o dinheiro. Estima-se que ele tenha vendido cerca de 400 vacas.

Apontado como o principal suspeito desde o início das investigações, o vaqueiro José Bomfim foi detido pela Polícia Civil de Tocantins na cidade de Colina. O homem, que segundo a polícia causou um prejuízo de R$ 1 milhão as vítimas, confessou o duplo homicídio e indicou o local em que os corpos foram deixados, próximo a fazenda no Mato Grosso.