Polícia já tem nome do “líder” do jogo “Baleia Azul”
Mídia News
A Polícia Civil de Vila Rica já identificou o “curador” do jogo suicida, conhecido como “Baleia Azul”, que atua no Município.
Ele teria sido o responsável por enviar a uma estudante de 16 anos uma série de desafios que resultaram em seu suicídio, no dia 11 de abril.
A descoberta contraria o que se pensava até então: de que o curador não seria de Mato Grosso.
O corpo da adolescente foi encontrado dentro de uma lagoa na cidade. Ela teria deixado uma carta para os pais contando que participava do jogo.
De acordo com o tenente coronel Joel Outo, da Polícia Militar de Vila Rica, as informações sobre o suspeito, assim como grupos em que participam outros jovens, foram descobertos por meio do depoimento de outra participante do Município, que conseguiu sair do jogo a tempo. Foi a PM quem repassou o nome do curador à Polícia Civil.
“Conseguimos localizar outra menina aqui na região que nos deu as informações. Eu passei a noite toda conversando com ela e conseguimos evitar que ela cumprisse a última missão [o suicídio]. Ela foi localizada no banheiro da escola, com vários cortes pelo no corpo. Depois foi encaminhada à Polícia e passou todas as informações sobre o curador, como fotos e telefone. E disse ainda que ele sabia informações sobre a família dela. Agora ela está passando por acompanhamento psicológico”, explicou.
Ainda de acordo com o tenente, a Polícia já identificou o “modus operandi” dos curadores e como eles fazem para escolher as vítimas. Cada município tem um curador específico, que seria um líder daquela região e que comanda o grupo. Diversos Estados já registraram suicídios e mutilações em decorrência dos desafios impostos pelo jogo.
“Eles criam um grupo nas redes sociais sem aparentar ser dessa atividade [da Baleia Azul], onde os jovens costumam compartilhar músicas e outras coisas. Lá eles selecionam o perfil das vítimas, veem um jovem que aparenta ser mais triste, depressivo pelas postagens, buscam seguir uma tendência. Depois da seleção, eles convidam esse jovem a participar ou ser apresentado por alguém que já participa do jogo”, disse.
Agora que foi identificado, o curador de Vila Rica será localizado e depois ouvido pela Polícia Civil. Instigar uma pessoa ao suicídio é crime, passível de pena de dois a seis anos de prisão.