Fazendeiro mata mulher e deixa corpo em trator

Do G1 MT

Uma mulher de 49 anos foi assassinada em uma fazenda localizada a 20 km do Distrito de Paranorte, na zona rural de Juara, no último domingo (7). O corpo da vítima, identificada como Rosângela Alves da Costa, foi encontrado sobre a carretinha de um trator, dentro da fazenda onde a vítima morava.

O crime, que teria sido presenciado por duas testemunhas, foi comunicado à polícia apenas na segunda-feira (8). Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito de cometer o crime é o marido da vítima, João Neves, que fugiu da fazenda e ainda não foi localizado. Um dos comunicantes do crime disse que não chamou a polícia antes porque foi ameaçado pelo suspeito.

De acordo com o delegado Albertino Félix de Brito Junior, que investiga o crime, as duas testemunhas do crime são funcionários da fazenda, sendo que um deles é irmão do suspeito.

“Eles relataram que presenciaram uma discussão entre o casal no início da manhã e que, na sequência, João teria atirado contra a vítima”, disse o delegado.

No relato registrado no boletim de ocorrência, uma das testemunhas afirmou que o suspeito atirou quatro vezes contra a mulher, com quem era casado há quatro anos. Logo após cometer o crime, o dono da fazenda teria feito ameaças aos funcionários, caso saíssem da fazenda para chamar ajuda. Na segunda-feira, ao perceber que o suspeito havia fugido do local, um deles chamou a Polícia Militar.

Os policiais que atenderam a ocorrência afirmaram que o corpo da vítima apresentava ao menos uma perfuração de bala na região dos olhos. Um espingarda calibre .22, que teria sido usada pelo suspeito para cometer o crime, foi apreendida pela Polícia Militar. Outras duas espingardas que eram mantidas escondidas dentro de um paiol também foram localizadas pela polícia.

Ao G1, o delegado Albertino Félix afirmou que o corpo da mulher foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal de Juína, a 737 km da capital, onde será feito o exame de necropsia. Ele afirmou que irá abrir o inquérito do caso.

“Agora estou aguardando o laudo da necropsia para poder representar pela prisão do suspeito. Já recebemos a informação de que ele [suspeito] deve se apresentar à polícia, acompanhado de um advogado, mas ainda não fui formalmente informado a respeito”, disse.