Manifestantes saem às ruas contra Temer e trancam ponte na divisa de MT e GO

Representantes de centrais sindicais e sindicatos saíram às ruas na manhã desta sexta (30), em Barra do Garças, para manifestar contra as reformas da Previdência e Trabalhista defendidas pelo governo Michel Temer (PMDB).

Conforme a Polícia Militar, participaram cerca de 200 pessoas, mas a organização afirma que 700 compareceram. Os manifestantes percorreram a avenida Ministro João Alberto e se mobilizaram na ponte sobre o rio Garças, na divisa de Mato Grosso e Goiás, bloqueando a passagem de veículos por 30 minutos.

O protesto foi pacífico, contudo, revoltou os condutores de motos e carros que se aglomeraram sobre a ponte durante a manifestação. As polícias Militar e Rodoviária Federal (PRF) auxiliaram para a manutenção da ordem. Com faixas, máscaras do presidente Temer e um caixão que simbolizava a morte do peemedebista, do ministro do STF, Gilmar Mendes, e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), os sindicalistas exigiram o fim das reformas e a saída de Temer da Presidência da República.

“Essa é a única forma de mostrarmos que não estamos satisfeitos com as reformas impostas por este governo. É saindo às ruas, cobrando e mostrando que somente por meio das lutas é que conseguiremos manter os nossos direitos. As reformas atingem diretamente os trabalhadores. Eles serão penalizados e não aceitamos que o trabalhador seja ainda mais sacrificado”, diz o coordenador nacional do Movimento de Luta pela Terra (MLT), João Batista Pereira da Silva.

Segundo ele, o MLT é radicalmente contra as reformas e tem aproveitado a greve geral decretada nesta sexta para se manifestar em seis Estados, com manifestações que mostram a insatisfação das centrais e movimentos sindicais contra o Governo Temer. “Quantas vezes for necessário estaremos nas ruas para cobrar e exigir nossos direitos. Não vamos aceitar o que está sendo feito pacificamente”, ressalta.

A adesão a greve geral em Barra do Garças foi considerada baixa em razão da não participação dos bancários, que optaram por trabalhar e dos profissionais da educação que permaneceram nas salas de aulas, com exceção dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso, campus do Araguaia, que aderiram à manifestação e cancelaram as aulas.

Reformas

De acordo com proposta de reforma da Previdência, um dos principais pontos defendidos pelo governo a idade mínima para se aposentar será de 65 anos, com pelo menos 25 anos de contribuição, no entanto, para receber 100% do valor, será preciso contribuir por 49 anos, mesmo que tenha atingido os 65 de idade.

Já a reforma Trabalhista, o projeto que os acordos entre patrões e empregados, por meio dos sindicatos, prevaleçam sobre a lei e as férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, além da redução da jornada de trabalho de uma hora para 30 minutos, um dos itens mais combatidos hoje pelas centrais. (FA/RDNews)