Operação prende donos de açougue por furto e abate de gado na Barra

Assessoria

A Polícia Judiciária Civil de Barra do Garças deflagrou nesta terça-feira (04.07), a operação “Laço de Ouro”, com objetivo de cumprir 6 mandados judiciais relativos a investigações de furto de gados na região. Dois donos de açougue tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos na operação, que resultou ainda na apreensão de 5 veículos e de munições utilizadas no abate de gados.

As ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva contra Tarcísio Maia de Paula, 30, e seu irmão Tarciano Maia de Paula, 28, e quatro mandados de busca e apreensão em propriedades dos suspeitos foram expedidas pela 2ª Vara Criminal de Barra do Garças. Os irmãos são proprietários do açougue “Laço de Ouro” que comercializava carnes com preço bem abaixo ao de mercado.

A operação foi deflagrada com base no trabalho investigativo realizado pela equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) com auxílio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional e do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), sob a coordenação dos delegados Wilyney Santana Borges, Joaquim Leitão Júnior e Adilson Gonçalves Macedo.

Nos últimos meses, ocorreram vários crimes de furtos de bovinos na região de Barra do Garças e os levantamentos estatísticos indicavam que em 70 % dos casos, a subtração era praticada em campo aberto. Os suspeitos abatiam o animal na propriedade da vítima e faziam o transporte da carne de forma improvisada em veículos até açougues.

As investigações apuraram que grande parte do gado furtado era comercializada por preço bem abaixo do praticado no mercado, no açougue Laço de Ouro, de propriedade de Tarcísio e Tarciano, presos preventivamente na operação. O açougue foi interditado pela vigilância sanitária municipal, visto que as carnes estavam inapropriadas para o consumo, sendo apreendidas e descartadas.

Durante buscas em uma propriedade rural dos suspeitos, no distrito de Voadeira, os investigadores da Derf, com auxílio dos peritos oficiais da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), encontraram vários indícios de abate clandestino, inclusive com iluminação para preparo da carne e desossa durante o período noturno.

Ainda na operação, a mãe dos suspeitos, L.M.A.P., foi presa em flagrante por porte ilegal de munições de uso permitido. Ao perceber a chegada dos policiais, ela escondeu 20 munições calibre 22 intactas no bolso da blusa de frio que usava, contudo, em revista pessoal, as munições foram apreendidas. O tipo de calibre é utilizado em abates clandestinos de animais, pela precisão e discrição do disparo.

Os trabalhos resultaram na apreensão de 5 veículos, sendo uma caminhonete Toyota Hilux, uma Chevrolet D-20, um caminhão Ford F-4000, um caminhão gaiola Mercedes Benz e um Fiat palio. Os automóveis serão periciados para saber se existem vestígios de transporte ilegal de carne, bem como se os rastros deixados nos locais de crime foram produzidos pelos veículos.