Mulher ajoelhou e pediu para que ex não a matasse na frente das filhas

R7

A manicure e cabeleireira que foi morta pelo ex-companheiro no último sábado (12), no Parque São Lucas, zona leste de São Paulo, implorou pela vida.

De acordo com Bárbara Rodrigues, prima de Geisa Daniele Soares Feitosa, de 30 anos, o assassino entrou na casa da mulher por volta das 20h e efetuou seis disparos de arma de fogo. Quatro atingiram a vítima.

— Ela estava em casa com a filha mais velha, de 13 anos, e com a filha dele de quatro anos. Ele já entrou, já chamou na porta e quando ela levantou e foi para segurar a porta, ele já estava com a arma apontada para ela e para a filha dela, mais velha. E aí ele não disse nada, segundo as informações da filha dela que testemunhou. Ele já apontou a arma para ela e ela ajoelhou e pediu pelo amor de Deus para não matar ela na frente das filhas dela. E ele não teve dó.

Segundo informações da prima da vítima, depois de matar a ex-companheira, Ricardo Daniel Pappalardo, de 48 anos, pegou a filha de quatro anos e foi de carro até a padaria para comprar um salgadinho. Depois, ele se entregou à polícia com a criança junto.

Ainda de acordo com Bárbara, que era confidente da vítima, a menina era constantemente usada para chantagear a mulher. O homem se valia dessa ligação com Geisa para coagir, chantagear e humilhar a ex-companheira.

Ele não aceitava o ponto final que foi dado no relacionamento no final do ano passado. Segundo a prima da vítima, os dois se conheceram há seis anos e a mulher decidiu acabar tudo depois de ser constantemente agredida, ameaçada e humilhada.

— Ele sempre foi muito possessivo. Ele sempre foi muito inseguro, agressivo. Ele mantinha ela em cárcere privado praticamente. Não permitia que ela trabalhasse, ele dormia com uma arma embaixo do travesseiro o tempo todo. Ele tinha o pensamento o tempo todo de que ela estava com outra pessoa. Mesmo sem ela sair de casa.

No dia do crime, Policiais Militares foram chamados ao local para socorrer a vítima. Ela foi levada ao Hospital Sapopemba, mas não resistiu. Agora, os quatro filhos de Geisa que eram de um relacionamento anterior estão com o pai. A quinta criança, fruto do relacionamento com Ricardo, está com a irmã da vítima.