Família venezuelana relata dia a dia nas ruas de Cuiabá e dificuldades para sobreviver

Residente no Brasil há 4 anos, Dervis Perdomo veio para o país com toda sua família de carona, em 2018. Ele desembarcou em Roraima e depois foi encaminhada para Cuiabá, por meio de um abrigo que acolhia refugiados. Dervis é mãe de 2 filhos, Maria Heredia e Deivis, e avó de 2 netos, Yoskarly e Leiber.
 
‘Falei para eles [a família]: temos que sair daqui [da Venezuela]. Íamos para Colômbia, mas é muito complicado chegar lá’.
Quando chegou a Cuiabá, Dervis conseguiu emprego por meio da Pastoral do Migrante, mas foi demitida logo no início da pandemia de covid-19. Nesse período, se viu obrigada a ir para as ruas e pedir ajuda para ter alimento em casa. “Um dia não tinha comida em casa então falei para eles: ‘vamos para rua'”.
 
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Sua filha, Maria Heredia, não trabalha porque precisa cuidar da filha que ainda não completou um ano de idade.
Dervis e Maria vão para o viaduto da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) pedir ajuda aos motoristas que passam pela rotatória. Contudo, nem todos se solidarizam com a situação.
 
Durante conversa com as venezuelanas que teve aproximadamente uma hora de duração, em uma manhã de um sábado, elas tinham conseguido apenas uma sacola com alguns pães e um pacote de bolachas. Para conseguir dinheiro, elas vendiam doces e jujubas.
 
Atualmente, Dervis Perdomo trabalha de car…

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