Juiz aceita denúncia e vereador flagrado roubando gado se torna réu

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O juiz da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, Roger Augusto Bim Donega, recebeu a denúncia contra o vereador Magnun Vinnicios, flagrado roubando gado em uma fazenda em Primavera do Leste, na madrugada do dia 11 de setembro. A decisão foi proferida na tarde desta sexta-feira (23).

Com isso, Magnun e seus comparsas, Marciano Correia Pereira e Joane dos Santos Marques, se tornaram réus por roubo, já que reagiram após serem flagrado furtando o gado e tentaram jogar uma caminhonete em cima de um funcionário da fazenda.

– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

“Faça constar no mandado de citação que os acusados, por ocasião de sua resposta, poderão arguir preliminares, alegar tudo que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo a sua intimação, quando necessário”, diz a decisão.

Magnun encontra-se custodiado no Hospital Regional de Rondonópolis e os outros dois réus estão na Cadeia Pública do município.

LIBERDADE NEGADA

Mais cedo, o mesmo juiz negou pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar do vereador Magnun Vinnicios. A defesa do vereador alegou que os investigados são trabalhadores, réus primários, com bons antecedentes, além de terem residência fixa e ocupação lícita. Porém, o magistrado constatou que Magnun responde a outros processos na Justiça, incluindo pelo mesmo crime pelo que está preso atualmente.

Em outro processo, o vereador é acusado de furtar 15 cabeças de gado de uma fazenda.

“A defesa sustenta o pedido de revogação basicamente pautado em argumentos de que os investigados possuem bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito. No entanto, ressalte-se que, insociáveis predicados pessoais favoráveis ao paciente não se mostram suficientes para revogar a medida extrema de restrição da liberdade”, diz a decisão.

Além disso, o juiz enfatiza que Magnun e seus comparsas, que também tiveram pedido de relaxamento de prisão negado, agiram de maneira extremamente agressiva e premeditaram o crime, agindo na madrugada, com uso de arma de fogo e armas brancas. Por isso, o magistrado aponta que estão presentes todos os requisitos para a manutenção da prisão preventiva.

“Eis que o modus operandi dos investigados foi extremamente grave, demonstrando a alta periculosidade deles, já que praticaram os crimes durante o período noturno e, ao que tudo indica, de forma premeditada, eis que se encontravam em propriedade particular, durante a noite e em local ermo”, disse o juiz em sua decisão.

Estadão Mato Grosso