Lulista foi morto com 70 golpes de faca e machado, aponta laudo

O trabalhador rural Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, morreu em decorrência de um choque hipovolêmico provocado por 70 golpes de faca e machado. A informação consta no laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

 

Benedito, que era defensor do ex-presidente Lula (PT), foi assassinado depois de uma discussão política com o colega de trabalho Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, defensor do presidente Jair Bolsonaro (PL).

  

Choque hipovolêmico é decorrente da perda de grande quantidade de líquidos e sangue, fazendo com o coração deixe de bombear sangue para o resto dos órgãos.

 

De acordo com o laudo, pela localização das lesões, a maioria delas concentradas na cabeça e pescoço, associada ao esgorjamento, que foi o corte profundo na garganta de Benedito, “o agressor queria chegar ao evento final de morte da vítima”.

 

Conforme o documento, foram localizados 56 ferimentos na região da face e da cabeça da vítima, incluindo a lesão de esgorjamento e outra ferida profunda na lateral do pesçoco.

 

As outras lesões foram encontradas nas costas e abdômen, assim como ferimentos nas mãos, compatíveis com tentativa de defesa.

 

O crime

 

O crime ocorreu no dia 7 de setembro em uma fazenda a 34 km do municipio de Confresa (1180 km a nordeste da Capital). 

 

Após divergência de opinião, os dois começaram a discutir acaloradamente, momento que, segundo o assassino, Benedito teria desferido um soco em seu rosto e em seguida pego uma faca, mas foi desarmado por Rafael.

 

Nesse momento, o assassino conseguiu alcançar a faca e, após perseguir a vítima na propriedade, a atacou pelas costas. Depois de severamente ferido, Rafael ainda desferiu golpes de machado contra a vítima, na tentativa de degolá-lo. 

 

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