Policial do Gaeco é preso por vazar informações para investigado
Folhamax
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar deflagrou nesta sexta-feira (15.09) mais uma fase da Operação Convescote que resultou na prisão do policial militar Franckciney Canavarros Magalhães, bem como no cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência.
O policial está lotado no Gaeco e o próprio Grupo apurou que, durante as investigações que culminaram na 1ª fase da denominada Operação Convescote, o agente teria agido de forma a obstruir as apurações em curso, além de ter solicitado vantagem indevida a um dos investigados.
Após identificar o desvio de conduta do policial, o próprio Gaeco pediu ao Juízo da 7ª vara Criminal da Capital a sua prisão preventiva e busca e apreensão em razão dos crimes ora noticiados.
Segundo apurado, o policial tentou vender informações sigilosas que favoreceriam a organização criminosa para o também investigado Hallan Gonçalves de Freitas, o que trouxe prejuízos para apuração dos fatos.
“O caso demonstra que qualquer investigação ou ação do Gaeco é impessoal e respeitadora do Estado de Direito, e que o enfrentamento do crime organizado é medida obrigatória e permanente, independentemente dos envolvidos”, disse Marcos Bulhões dos Santos, Promotor de Justiça Coordenador do Gaeco.
DELATOR
Hallan Gonçalves é delator da Operação Convescote. Em seus depoimentos para agentes de órgão, ele mostrou uma conversa de WhatsApp em que foi informado sobre as investigações. No diálogo, o informante, que não havia se identificado, cobrava R$ 10 mil para fornecer detalhes das investigações.
Hallan foi preso na 1ª fase da operação, deflagrada em 20 de junho.Ele foi solto em 15 de agosto após firmar acordo de colaboração premiada com o Gaeco.