Gallo defende renovação do Fethab: temos que continuar o ciclo de investimentos

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

O governo deve iniciar nas próximas semanas a discussão sobre a renovação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). O secretário-chefe da Casa Civil, Rogério Gallo, defendeu a prorrogação do fundo, garantindo que todo o valor arrecadado ao longo da gestão do governador Mauro Mendes (União) não foi desviado de sua principal função: investimentos em logística.

Gallo informou que, atualmente, o executivo investe cerca de R$ 3 bilhões em obras de infraestrutura e, caso o Fethab 2 não seja renovado, o valor dos investimentos cairá pela metade no próximo ano, impactando no Orçamento para 2023.

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“Isso está em discussão com a Assembleia e vai fazer discussão com os setores produtivos. É um debate que será feito nos próximos dias para verificar qual será o encaminhamento”, destacou Gallo.

“Hoje o governo entrega aquilo que recebe dos produtores rurais em Fethab. Antes havia essa crítica de que o governo recebia, gastava com outras despesas que eram investimentos. Hoje isso não acontece mais. Em 2021, foi o primeiro ano em que o governo investiu mais do que arrecadou de Fethab em estrada, em infraestrutura. Foram 2.600 km que vai fechar agora em 2022, então, isso demonstra que o dinheiro está sendo aplicado”, ressaltou.

Além de infraestrutura, o fundo também foi criado para construção de casas populares, o que deve começar a ser feito a partir do próximo ano, segundo o secretário. Os investimentos previstos para os próximos quatro anos totalizam R$ 600 milhões.

“Garantir que o Fethab arrecadado seja efetivamente empregado em logística e infraestrutura, inclusive em habitação, nós temos o projeto das 400 mil casas, que serão construídas ao longo desses próximos dos 4 anos. […] Nós temos que continuar com esse ciclo de investimentos em Mato Grosso”, disse.

Apesar de o governo defender a renovação do fundo, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) defendeu a não renovação do Fethab adicional. A entidade destacou que o “atual cenário de dificuldade da cadeia da carne em Mato Grosso, uma vez que os custos de produção vêm se sobrepondo ao valor recebido pelas arrobas comercializadas, ocasionando prejuízos”.



Estadão MT