Nenhum eleitor foi impedido de votar por blitz da PRF, diz Moraes

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, disse neste domingo (30) que nenhum eleitor foi impedido de votar por causa de operações feitas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Moraes disse que as operações serão investigadas.

“O prejuízo que causou aos eleitores, eventualmente, foi o atraso. Mas volto a dizer, nenhum ônibus voltou à origem. Todos votaram”, disse Moraes.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a PRF descumpriu ordem judicial de Moraes de não realizar operações que envolvam o transporte público de passageiros.

Moraes disse que o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, argumentou que as operações feitas se baseavam no código de trânsito. Vasques esteve no TSE no início da tarde.

O presidente do TSE afirmou que essas todas as operações foram suspensas na tarde deste domingo.

Disse que a votação termina às 17h, “como programado”. “Foram casos em que nenhum eleitor voltou para a sua casa. Eles votaram.”

 

Parada de lulistas

 

O senador Otto Alencar (PSD-BA) divulgou um vídeo neste domingo (30) no qual afirma que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) está parando veículos de militantes petistas nas estradas da Bahia, enquanto deixa passar sem incômodo os eleitores de Jair Bolsonaro (PL).

O parlamentar afirmou que vivenciou a situação ao entrar no município de Feira de Santana.

Segundo Otto, seu veículo foi parado quando voltava de sua cidade natal, Ruy Barbosa, onde foi votar. Seu automóvel possui um adesivo com o número de urna do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu sou de Ruy Barbosa, todos os anos vou votar na minha cidade, venho de carro. Vou de automóvel e volto. Uma prática que gosto de fazer, passo pelas cidades, vou correndo todas elas, observando como estão as eleições de forma muito respeitosa”, afirmou.

“Quando fui entrando no município de Feira de Santana, fui parado pela Rodoviária Federal, pela polícia. E aí, observei que todos os carros parados tinham o adesivo do 13 na frente, como tem o meu. A polícia parou, pediu o documento, meu e do motorista. Depois de algum tempo, fomos liberados. Ao lado, passavam os carros com adesivos do Bolsonaro, que sequer eram incomodados”, completou.

Na sequência, o senador criticou a PRF por estar supostamente atuando em benefício de um candidato, ao realizar as operações nas estradas.

“A Polícia Federal, qualquer órgão que é pago pelo contribuinte, e eu sou contribuinte, eles existem para ter imparcialidade. Não pode um órgão como a Polícia Federal, senhor diretor da Polícia Federal, se colocar a favor de um candidato, como está fazendo abertamente a Jair Bolsonaro”, disse.



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