Júri condena a 48 anos homem que matou ex-esposa e ex-sogro
O Tribunal do Júri condenou o réu Junior dos Santos Igesca a mais de 48 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-esposa, a técnica de enfermagem Franciele Robert da Silva, e de seu ex-sogro, Aparecido José da Silva.
O assassinato ocorreu em dezembro de 2021, em Várzea Grande. Na ocasião ele esfaqueou tanto Franciele, de 33 anos, quanto o ex-sogro, de 67 anos.
Os crimes ocorreram na frente da filha do casal, uma adolescente de 12 anos na época.
O julgamento foi acompanhado pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, que atribuiu a sentença ao réu.
Ao condená-lo, o júri acolheu a qualificadora do recurso que impossibilitou a defesa da vítima, no caso do assassinato do ex-sogro. Por este homicídio ele recebeu a pena de 21 anos e 4 meses de reclusão.
Já pela morte da ex-esposa, o júri reconheceu que o acusado praticou femincídio conta a técnica de enfermagem e que o crime foi praticado na frente da filha da vítima.
Durante o julgamento, parentes relataram, inclusive, que a menor que presenciou a morte da mãe precisou ser submetida a acompanhamento psiquiátrico com uso contínuo de medicamentos. A outra filha de Franciele também precisou de atendimento com psicólogo.
Devido à gravidade do crime, o júri determinou a pena de 27 anos de reclusão pelo feminicídio. Ao todo, o acusado deve cumprir 48 anos e 4 meses de prisão.
No mesmo julgamento o magistrado manteve a prisão preventiva do réu, que está detido desde o dia do crime, em 5 de dezembro.
Relembre o caso
O assassinato ocorreu na noite de um domingo, no Bairro Jardim Glória 1.
O homem foi até a residência de Aparecido atrás da ex-esposa. Antes de chegar em Franciele, o idoso tentou impedir o ex-genro de entrar em sua casa e acabou sendo esfaqueado.
Em seguida, o homem foi até o quarto onde a ex-mulher tentava se esconder junto com a filha.
Segundo a polícia, ele arrombou a porta e matou a mulher com diversas facadas. Todo o crime foi presenciado pela filha do casal.
Franciele estava separada do suspeito e tinha uma medida protetiva em virtude de ameaças sofridas.
Após cometer os crimes, o homem tentou se matar. Porém, ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e, depois de atendido no Pronto Socorro de Várzea Grande, foi encaminhado pela Polícia Militar até a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Aparecido internado em uma unidade de saúde, mas não resistiu e morreu na manhã seguinte.