“Ataques terroristas estão sendo praticados por infiltrados no movimento”, disse o vice governador Pivetta
O vice governador Otaviano Pivetta (Republicanos) acredita que criminosos estão se infiltrando nos movimentos realizados por pessoas que não aceitam o resultado das eleições para cometer atos violentos.
Na avaliação de Pivetta, não seria inteligente por parte dos protestantes agirem de forma mais agressiva, pois toda a ação perderia a credibilidade. O comentário foi feito com base nas informações que recebeu do núcleo de inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
“Se for dos manifestantes, me parece que não, porque seria muito desinteligente por parte dos manifestantes fazer esse tipo de coisa, isso tira a credibilidade do movimento. As informações que eu tenho da nossa inteligência é que são delinquentes, criminosos mesmo que se infiltram no movimento. Agora, eu não sei, estou colocando uma opinião que eu formei com as informações que eu tenho”, disse, em coletiva realizada nesta terça-feira, 22 de novembro.
Nos últimos dias, foram registradas ações terroristas nos protestos que acontecem em Mato Grosso. No sábado, 19, uma ambulância foi metralhada e um guincho foi incendiado em uma base de apoio da concessionária Rota do Oeste, próximo à cidade de Lucas do Rio Verde.
Já na segunda, três caminhões foram incendiados. Dois foram queimados na BR-163, quando um grupo de homens encapuzados e armados rendeu os motoristas e ateou fogo nos veículos.
Em Sinop, uma carreta foi incendiada em plena luz do dia. Um dos envolvidos no caso foi preso. Vídeo que circula nas redes sociais mostra ele pedindo PIX para financiar bloqueios em rodovias.
DESOBSTRUÇÃO
O governo começou uma operação na manhã desta terça, para desobstruir os pontos de bloqueio das rodovias. A operação teve início às 6h, em Lucas do Rio Verde, com a retirada de toda a estrutura montada às margens da estrada.
Pivetta disse que o governo iniciou uma ação mais repressiva devido aos atos violentos. A tendência é que a estrutura seja mantida até o início do próximo, quando acontece a posse do presidente eleito Lula (PT).
“O movimento mudou de perfil no sábado, quando houve o primeiro atentado. Então, a partir de sábado, começamos a fortalecer a ação do Estado, ser mais rigoroso. A demonstração foi dada hoje de manhã em Lucas, como o Estado vai agir daqui para a frente”, comentou.
“Importante salientar que de tudo que aconteceu depois do dia 30, não temos nenhum óbito, nenhuma vítima. Nós temos que creditar isso a nossas polícias, que são pacíficas. Pode, às vezes, pecar por não agir tão rigorosamente, mas o dever da polícia é defender a sociedade e não contra a sociedade”, complementou.
