Polícia Civil “deve afastar esse delegado”, afirma governador

O governador Mauro Mendes (União) defendeu, nesta quinta-feira (1º), que o delegado Bruno França Ferreira seja afastado do cargo para que as investigações contra ele sejam realizadas.

 

Bruno é investigado pela Corregedoria da PJC pois na noite de segunda-feira (28) invadiu a casa de uma mulher sob pretexto de prendê-la em flagrante por descumprimento de medida protetiva que seu enteado teria contra ela. “Eu vou explodir a cabeça dessa filha da puta”, disse durante ação.

 

Mendes citou que a Polícia Civil já se manifestou por meio de nota afirmando que a apuração sobre a conduta do delegado está em andamento.

 

“Tem que ter uma apuração realmente a altura do que aconteceu. Eles [Polícia Civil] devem afastar esse delegado, fazer uma apuração e dentro daquilo que estabelece a legislação dar o devido tratamento”, afirmou à imprensa.

 

O delegado, por meio de carta aberta divulgada nesta quinta, afirmou que já pediu afastamento do cargo – não remunerado – à Corregedoria da PJC. Esta, por sua vez, afirmou que ainda não recebeu o pedido do delegado.

 

O caso

 

Na noite de segunda-feira (28), o delegado invadiu uma casa no Condomínio Florais dos Lagos, alegando que estava cumprindo uma prisão em flagrante por descumprimento de medida protetiva que seu enteado teria contra a dona da casa.

 

O caso em questão corre na Justiça, após o enteado do delegado e o filho da moradora terem brigado quando a família ainda morava no Alphaville I. A fim de evitar mais problemas, a mulher teria se mudado para o Florais dos Lagos. 

 

Porém, na segunda, o adolescente teria ido até o atual condomínio da mulher para jogar bola com amigos, e eles acabaram se encontrando. O menino então teria ligado para o padrasto, que foi até o local abordar as vítimas.

 

Armado, o policial arrombou a porta da residência e entrou no imóvel com apoio de três agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE). O tempo todo ele gritava e ameçava a família. No momento, estavam a dona da casa, seu marido e a filha pequena do casal.

 

Durante minutos de terror, em que a criança chorava desesperadoramente, o policial xingava e gritava: “Manda ela sair daí, senão vou disparar na cabeça dela”.

 

“Da próxima vez que ela chegar perto do meu filho, eu vou estourar a cabeça dela. Eu vou explodir a cabeça dessa filha da puta”.

 

A mulher foi conduzida à delegacia, e presa em flagrante. O advogado Rodrigo Pouso diz que a ação foi ilegal, e que a cliente não foi notificada da medida protetiva.

 

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